Sábado, 1 de agosto de 2020 - 10h51
O
presidente Jair Bolsonaro deu um golpe de mestre ao isolar os radicais. Compôs com
o Centrão, sem o qual nada se aprova no país, e estimulou a disputa interna
entre suas alas. Garante assim aprovação para projetos consensuais e reduz a
oposição a pó, já que suas alas se dividem entre extrema-direita, direita,
centro e liberal. Como a oposição é de centro-esquerda e liberal, o governo
sozinho cobre 90% do espectro ideológico visível.
A
Amazônia, por exemplo, é alvo do embate entre as alas direita e liberal. A
primeira ataca os ambientalistas e nega o desmatamento. A ala liberal concorda
com os investidores e clientes internacionais que há desmatamento, as queimadas
estragam o clima e é preciso um entendimento para o retorno do apoio externo na
forma de financiamento para ações sustentáveis na região e suprir as enormes
carências infraestruturais do país.
Enquanto
dentro do governo cresce o embate entre posições antagônicas, a oposição se
divide ainda mais. Se a eleição fosse hoje, mesmo com altíssima rejeição às
suas hesitações, o presidente Jair Bolsonaro venceria qualquer adversário.
O
bate-cabeça entre várias alas, porém, não é o melhor cenário, porque a
incerteza reina. A Amazônia precisa de decisões, seja para estancar a
destruição e o crime, seja para render mais em benefício de seus povos e de uma
humanidade com mais calor humano e menos aquecimento global.
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Novo prazo
Depois
de projetar a inauguração da ponte do Abunã, quase na divisa de Rondônia com o
Acre, por várias vezes, agora o Dnitt anuncia a inauguração da obra para até 31
de dezembro deste ano. Faltam aterros e a
cabeceira de um lado da ponte e o
projeto foi esticado para mais 400 metros. E com este prolongamento, que contará com aterramento de 10 metros de
altura, fruto de uma exigência da
engenharia depois da cheia histórica de 2014 que isolou o vizinho estado, a
coisa anda vai longe. Já se desconfia que a entrega só irá ocorrer em meados de
2021.
Plano B
Assessores
próximos do prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) apostam que ele,
apesar de tantas pressões da sua base aliada, não tocará seu projeto de
reeleição. Neste caso ele só voltaria ao cenário político em 2022 para disputar
uma cadeira a Câmara dos Deputados (que era seu projeto inicial de carreira )
ou até mesmo o governo de Rondônia, já que seu aliado Expedito Junior terá a preferência
na legenda tucana para a eleição ao
Senado.
Centro de Convenções
Nada
muda em Porto Velho através dos tempos em termos de planejamento das obras públicas. Seja com a prefeitura
de Porto Velho –lembram? - iniciando a construção de uma sede da rodoviária,
num terreno com pendencias na justiça, como ocorreu na administração petista,
chegando a instalar toda a infraestrutura com aterros e estacas e tudo acabou em
nada; ora o governo estadual iniciando as obras do centro de convenções como
ocorreu no ano passado e paralisando o empreendimento pela falta de estudos técnicos
sobre o terreno, onde existia um lixão
Multieventos
Nos
tempos das vacas gordas, na gestão do então governador Confúcio Moura, Rondônia
projetava a construção de um Espaço
multieventos na região do Aeroclube. Uma emenda de autoria do então
senador Valdir Raupp (MDB) garantiu a elaboração dos projetos técnicos e a área
chegou a ser desapropriada. Lá seriam edificados estádio, centro de convenções,
bumbódromo e se cogitou até a implantação do novo terminal rodoviário naquelas
bandas. Então veio a crise, o megaprojeto mixou, mudou de endereço e foi reduzido
apenas a um centro de convenções em cima do antigo lixão no Parque dos Tanques.
As promessas
Mas
os compromissos e metas dos governadores
e prefeitos anteriores na capital não ficaram só no espaço mutieventos.
Foi prometida uma nova rodoviária, um novo estádio, o hospital Euro e nada saiu
do papel. Muito pior foi o caso do anuncio de 100 por cento de água tratada e
de rede de esgoto, anunciada em peças publicitarias por autoridades municipais
e estaduais disputando a paternidade das obras e tudo virou brisa. E quase dez anos depois do
governo Cassol e da Era Lula e Dilma, a coisa ainda não saiu.
Via Direta
*** Uma verdadeira crise se abate no
segmento dos postos de combustíveis em Porto Velho *** Com o recuo nas
vendas de gasolina e derivados, mais de 30 estabelecimentos foram fechados e os
proprietários ainda têm sido acusados de abusos nos preços. É coisa de louco
*** Com mais um bloqueio meia boca, a
pandemia do coronavirus ameaça se transformar numa peste interminável em Porto Velho e nos polos regionais importantes
de Rondônia, cujas cidades vivenciam escalada da doença *** Segue a dragagem
no Rio Madeira para melhorar as condições de escoamento de grãos na hidrovia
cujo nível das águas já ameaça a navegação entre Porto Velho e Manaus *** Os acreanos continuam com o melhor desempenho
do combate ao coronavirus na região amazônica. Rondônia com uma das piores
performances e num jogo de empurra.
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