Quinta-feira, 11 de setembro de 2025 - 08h11
As
desgraças previstas pelos ambientalistas há meio século já começaram a
acontecer, como a piora das secas e cheias. Ainda há fracas vozes defendendo o
cancelamento das leis permissivas, mas a tese vencedora dentro dos governos é
que as permissões levam ao progresso e que a legislação em geral e os aparelhos
de segurança do Estado darão conta dos excessos e dos crimes.
Havia
a opção entre preservar tudo e aproveitar o possível e a segunda venceu de
forma cabal. O que resta agora não é mais tentar o retorno ao passado da
floresta fechada e protegida, que só seria possível voltando ao passado e impedindo
Francisco de Orellana de viajar desde o Peru até a foz do Amazonas, em 1542. As
opções estão em melhorar a fiscalização, punir criminosos ambientais, enfrentar
as consequências já verificadas e prevenir desastres até onde for possível.
Nesse
caso, a preocupação central está nos riscos à saúde humana, sobretudo depois
que pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso, Universidade Federal
do Pará, Instituto Evandro Chagas, Universidade Federal Rural da Amazônia e
Universidade de Bristol (Inglaterra) publicaram um estudo avisando que o aquecimento
global pode facilitar a expansão dos barbeiros, vetores da Doença de Chagas,
para novas áreas da floresta. Aliás, há mais pesquisas em andamento, sobre
ameaças semelhantes em que há outros protagonistas além do barbeiro.
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Caos na saúde
Alguns
deputados estaduais deixaram a condição de ovelhas no Poder Legislativo e
apertaram o secretário do estado da saúde Jeferson Rocha, enfocando a crise
instalada na saúde pública, desde a situação precária do Pronto Socorro João
Paulo II com muitos pacientes jogados nos corredores daquele estabelecimento
hospitalar aos atrasos recorrentes na construção do Hospital Heuro que se
arrasta por mais de cinco anos e até agora sem solução cabível. O titular da
pasta da Saúde se espichou todo para explicar o caos na saúde rondoniense e
assumiu o compromisso de melhorar o atendimento para a população.
Perdendo a guerra!
Não
bastasse nossas autoridades de segurança estarem perdendo a guerra contra o
narcotráfico, eis que uma outra guerra também está em curso. Aquela contra os
ladrões da fiação elétrica, negócio prospero em Porto Velho. Maior exemplo foi
o roubo da fiação em menos de 24 horas da inauguração da praça Marise Castiel no
bairro Alphaville. Urge nossos vereadores e deputados apertarem a legislação
para asfixiar os receptadores. Constato as Polícias Civil e Militar enxugando
gelo, prendem os infratores e logo em seguida eles estão soltos. Lembro que o
ex-prefeito Hildon Chaves chegou a anunciar recompensa, como no velho oeste, pela
captura dos ladrões de cabos elétricos.
Pulando cirandinha
Quem
diria! Leozinho já está chamando Mariana de maninha! Era difícil de prever que
tão logo o prefeito Leo Moraes (Podemos) fosse pular cirandinha com a
ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil), depois de uma disputa
acirrada pela prefeitura da capital no ano passado. Mas foi o que ocorreu na
inauguração da Praça Marise Castiel, no bairro Alphaville. Ambos sorridentes e
descerrando placa alusiva juntos. Dois motivos para a aproximação: primeiro
porque Mariana foi a autora da emenda que destinou recursos para aquele logradouro
público. O segundo motivo é porque ela se afastou de Hildon Chaves (PSDB),
principal desafeto do atual alcaide.
Os 111 anos
Com
agenda cheia, o prefeito Leo Moraes começou os preparativos para as festividades
alusivas aos 111 anos da emancipação de Porto Velho com variada programação de
cinco dias. No plano administrativo o nosso alcaide tem muito a comemorar, com
ações inovadoras e eficientes. No plano político, se saiu muito bem, num legislativo
hostil, já que sua chapa não tinha emplacado um vereador sequer e hoje conta
com a maioria e com isto tocando sua gestão sem sobressaltos. Mas está próximo
de um desafio: vem aí a temporada do inverno amazônico (a estação das chuvas)
quando os prefeitos chegam a ser alvo de muitas bordoadas, com tantas
alagações. Vamos ver se ele chutará as águas de alagações nesta temporada...
Olho na fronteira!
Com
uma avaliação realista da criminalidade na região amazônica, em entrevista ao
jornalista Ivan Frazão, o Coronel Vital, secretário de segurança pública de
Rondônia, reconheceu a grave situação do crime organizado no estado e os
possíveis impactos advindos da inauguração da ponte binacional, sobre o rio
Mamoré, em Guajará Mirim, ligando o Brasil a Bolívia. Adverte que é necessário
mais cuidados com a região de fronteira – este quesito, a segurança de fronteira
é de responsabilidade constitucional do governo federal. Vital afirma que o governo
de Rondônia já está se preparando para a nova realidade.
Corredor cocaineiro
Ao
enfatizar a necessidade de as autoridades destinar prioridade a segurança na região
fronteiriça, o coronel Vital citou que é pela rodovia que liga a fronteira a
Porto Velho que se formou um expressivo corredor das drogas na região
amazônica. De fato, as rodovias rondonienses se tornaram palco de grandes
apreensões de drogas nos últimos anos e o narcotráfico tem sido um dos grandes
motivos do aumento da criminalidade, sobretudo em Guajará Mirim e Porto Velho.
Nos últimos anos também o Vale do Guaporé, na região de Costa Marques, viu
crescer as ações dos carteis de drogas.
Mais visibilidade
O
vereador Breno Mendes (Avante) ganhou mais visibilidade política ao virar a
casaca, deixando a tutela do ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB) pelo recém
apadrinhamento do atual prefeito Leo Moraes (Podemos). Na condição de líder do
prefeito na Câmara de Vereadores de Porto Velho ele deixou de jogar pedras no
legislativo mirim, como fazia antes da eleição, para defender o comportamento
atual dos vereadores e as ações da atual gestão municipal. Nos bastidores se
fala que isto não aconteceu de graça: uma boa cota de contratações de compadres
e amigos no Prédio do Relógio teria convencido o combativo edil a mudar de
lado. Será?
Via Direta
*** A inauguração de um importante centro
internacional de combate aos crimes na região amazônica em Manaus gera expectativas
de melhoras na segurança no Norte do país *** A região está infestada de facções
criminosas, piratas nos rios, dos carteis de drogas da Bolívia, do Peru e da Colômbia
*** Trocando de saco para mala: setembro
começou com o mesmo jeitinho de agosto, com os lojistas chorando as mágoas pelo
fraco movimento em seus estabelecimentos. O dinheiro sumiu da praça, afirmam ***
Sem Ivo Cassol nas paradas, Marcos Rogério, Adailton Fúria e Hildon Chaves
entram firmes na disputa do CPA Rio madeira.
A classe política da região amazônica está reagindo contra a privatização de rios
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