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Carlos Sperança

Evitar o que prejudica + Grave ameaça + A influência + Tamborim


Evitar o que prejudica + Grave ameaça + A influência + Tamborim - Gente de Opinião

Evitar o que prejudica

A desastrosa diplomacia “ideológica” e “antiglobalista” do governo brasileiro ameaça destroçar a economia no mesmo nível da pandemia. Ideologia é foro íntimo, como a religião: uma escolha pessoal que não pode nortear políticas de Estado.

A educação brasileira já está indo para o ralo por causa do coronavírus e da incompetência dos sucessivos ministros da área. Se a diplomacia for pelo mesmo caminho, o Brasil terá ainda mais dificuldades para vencer o atraso e a miséria.

Depois de vários avisos, sete grandes empresas de investimento europeias revelaram que vão desfazer negócios com pecuaristas, agricultores e acordos com o governo brasileiro se continuarem piorando os relatórios de destruição da floresta amazônica. Espantar investidores não é nem nacionalismo nem soberania nacional: é fala grave do staff diplomático.

Essa ameaça é um golpe a mais na autoestima dos brasileiros, hoje tão abalada pelo desastre no enfrentamento da pandemia. Copiando a arrogância dos EUA na crença de que se pode vencer uma doença com “narrativas” e palavras ao vento, é desmoralizante dizer que o governo empenha todo seu esforço na tarefa de reduzir o desmatamento se os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que aumentou 34% nos primeiros cinco meses de 2020. A ciência descarta teorias, versões e narrativas que não se apoiam em dados.

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Grave ameaça

Não bastasse o covid-19, a dengue, fumaceira e a bandidagem, Rondônia se vê às voltas com o início de uma seca severa na temporada. Rios e igarapés já estão baixando rapidamente, assim como o lençol freático que proporciona aquela água fresquinha nos poços amazônicos. Já falta água em bairros da cidade de Porto Velho e a população se socorre com baldes em bicas de vizinhos. A universalização da água e do esgoto ainda está longe em Rondônia.

Tamborim

Em algumas cidades de outras regiões do País que atingiram  pelo  menos 1000 casos de corruiraçus a população já está empunhando a machadinha de guerra contra os políticos caçando a pele dos  governadores, prefeitos, vereadores e deputados para fazer tamborim. Porto Velho  está na casa dos quase 13 mil casos do covid e não se vê tanta revolta pelas redes sociais contra nossos governantes. Mas se a moda pegar por aqui, prefeitos e vereadores terão dificuldades na campanha 2020.

Previdente

Neste caso de revolta contra as autoridades por conta do coronavírus, como já ocorreu em Rondônia com o governador Marcos Rocha em recente visita no interior, o prefeito de Ariquemes Thiago Flores já está fora da linha de tiro dos revoltosos. Ariquemes está no rol dos três municípios mais atingidos pela pandemia, mas ele se safou de possíveis ataques dos oposicionistas depois que anunciou sua desistência do seu projeto de reeleição.

A influência

Ainda não é possível avaliar  quais serão os efeitos da pandemia nas eleições municipais de novembro. Até agora, por exemplo, o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB vai se mantendo bem no aspecto econômico conseguindo pagar os salários do funcionalismo municipal em dia assim como os fornecedores da municipalidade. Pagar os servidores em dia, fomentar a regularização fundiária foram dois ingredientes decisivos na reeleição do prefeito Roberto Sobrinho na década passada, o único até agora que se reelegeu.

A conciliação

Com um tom mais conciliador e buscando um pacto de união para combater a pandemia do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro pode recuperar o prestígio. Seus filhos palpitando menos ajuda. A necessidade faz o sapo pular, como diz o jornalista Waldir Costa, o Lobão. Com isto o presidente já reconhece que o coronavisor não é uma gripezinha, usa a máscara de proteção que tanto tinha relegado no início. O desafio agora é administrar o serpentário do “Centrão” cuja base de apoio é inconfiável já que quando o bicho pega some do mapa.

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Via Direta

*** As coisas estão ruins até para as teúdas e manteúdas dos políticos que mantinham uma casa de apoio para suas vivandeiras na capital ***A republica das felinas acabou fechada e só deverá ser reaberta depois da pandemia que ameaça se prolongar até o final do ano *** Algumas regiões da capital insistem em desobedecer as regras da Organização Mundial da Saúde quanto ao coronavírus *** A rejeição ao uso das máscaras e as festas de final de semana tem sido uma constante também nos balneários localizados nas adjacências de Porto Velho *** Aumentaram as confusões familiares por conta da convivência forçada entre casais nas cidades rondonienses durante o dia inteiro, durante semanas inteiras *** Para escapar das vassouradas  a macharada está aprendendo a lavar a louça e  limpar a casa *** Vivendo e apreendendo!   

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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