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Carlos Sperança

Calma, planeta! + Sem data para a ponte no Abunã + As promessas não cumpridas


Calma, planeta! + Sem data para a ponte no Abunã + As promessas não cumpridas - Gente de Opinião

Calma, planeta!

2020 foi o ano em que, fora das guerras mundiais, mais seres humanos se viram diante da ameaça de morte. A pandemia só não alarmou os negacionistas, muitos dos quais, contemplados com a Covid-19, sofreram tratamentos experimentais, penaram em unidades de saúde inadequadas à enfermidade ou morreram por descuido. Foi também o ano em que mais o mundo se preocupou com a Amazônia.

A consciência mundial de que o aquecimento global tende a criar novas pandemias e forjar o temido apocalipse climático deveria ser acompanhada pela certeza de que a Amazônia é uma garantia de que o pior não virá, desde que protegida de acordo com a lei e os bons costumes, que seriam assegurar a sustentabilidade e fortalecer a bioeconomia.

No entanto, os erros dos ministérios do Meio Ambiente ao travar o Fundo Amazônia e das Relações Exteriores ao permitir que a imagem do Brasil fosse arruinada lá fora alimentaram um temor que jamais deveria ser cogitado, já que a Amazônia não é o ovo da serpente do apocalipse, mas um manancial de soluções.

O mundo passou 2020 com o medo, mas deveria pensar, durante 2021 – e mais 249 anos adiante – que o Sistema Aquífero Grande Amazônia tem água suficiente para as necessidades da Terra por dois séculos e meio. Por isso, calma, planeta! A Amazônia é sua melhor notícia, hoje e sempre.

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Sem data

Depois de seguidos anúncios de inauguração em 2020, a ponte sobre o Rio Madeira, na altura do Abunã ainda não tem uma data de inauguração. Com a intensificação das chuvas a conclusão das obras no lado rondoniense deve durar pelo menos mais uns dois meses caso não existam contingenciamentos de recursos como ocorre em todo início de ano fiscal no erário da União. Vamos acompanhar de perto a coisa. Enquanto isto o pedágio para travessia do Rio Madeira naquela região continua os olhos da cara.

As promessas

Será que em 2021 as promessas dos políticos federais, estaduais e municipais serão cumpridas? Vejam algumas: 1-Ponte binacional em Guajará Mirim, na fronteira com a Bolívia 2- Usina Hidrelétrica de Tabajara, no município de Machadinho do Oeste 3 – O Programa Terra Legal que acenava para a liberação de milhares de títulos para a regularização fundiária em Rondônia 4 –A reforma do estádio Aluízio Ferreira com ampliação das arquibancadas na capital 5 – A nova rodoviária de Porto Velho 6 –Sistema de saneamento básico com água e esgoto.

Terras caídas

Com o período de chuvas, mais a elevação do nível do Rio Madeira com seus banzeiros, o fenômeno das terras caídas toma corpo nos bairros as margens do rio  que banha Porto Velho e nos distritos ribeirinhos mais afetados como Calama e São Carlos. Bairros tradicionais já estão sofrendo as consequências dos desbarrancamentos. Mesmo assim não existe ainda ameaça de cheia, enquanto no vizinho Acre ás aguas do Rio Juruá já estão desabrigando milhares de pessoas em Cruzeiro do Sul.

A segunda onda

 Passadas as comemorações do natal e ano novo está vindo a conta por conta do relaxamento quanto as orientações da OMS para o covid. Temos uma conta bem salgada e amarga com a multiplicação geométrica de infectados pelo coronavirus. Ao mesmo tempo uma segunda onda forte e ameaçadora atinge os países europeus com variações da peste. Estamos de cabelos em pé desde já com esta situação que não demora a infernizar ainda mais também nosso País.

Pior nos distritos

A falta de insumos para a construção civil foi um grande problema para o empresariado no final de 2020 e a questão continua grave na capital rondoniense neste início de 2021 prejudicando todo o planejamento das grandes incorporadoras com relação ao custo do metro quadrado da construção. Neste contexto, pior mesmo é a situação nos distritos de Porto Velho, como Nova Califórnia onde o milheiro de tijolos segue beirando R$ 800,00. Coisa de louco!

 

Via Direta

 

 *** Por falar em obras, temos muitas paradas, desde creches até postos de saúde abandonados. Vamos ver como o prefeito tucano administra isto no seu segundo mandato *** Mais um ano sem festas agropecuárias, sendo mais uma tradição rondoniense prejudicada pelo coronavirus *** Final de ano dolorido para o colunista que vos fala. Contraiu erisipela, uma doença que incha as pernas e dói barbaridade. Rogamos menos infortúnio em 2021 *** Como ficam os esqueletos de prédios abandonados na capital? Existem conjuntos de prédios populares abandonados há 10 anos em regiões agora valorizadas como no Nova Floresta  e Av. Vieira Caula no abandono *** Na Câmara dos Deputados a legislatura começa com dez novos representantes em substituição a deputados que se elegeram prefeitos.  

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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