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Manifesto pela normalidade


Manifesto pela normalidade  - Gente de Opinião

Desde março uma palavra em voga é isolamento. Independente de nossa vontade, coercitivamente, estamos ficando fechados em casa por tempo indeterminado “em isolamento”. De onde vem a palavra “isolamento”? A palavra parece ter vindo do francês, mais precisamente do verbo «isoler», que teve origem no adjetivo «isolé», que teria vindo do italiano «isolato», o particípio passado de «isolare». Se bem que viajando por várias línguas o  significado não deu grandes saltos. «Isolare», «isoler», «isolar»…provém da  palavra «isola», ou seja, «ilha», originalmente do latim «insula». É nesta palavra que, hoje, nos parece antipática se esconde um pedaço de terra rodeado de mar...Isolar, portanto, é tornar ilha! Mas, aqui, vale nos socorrermos de um poeta antigo John Donne, que em Meditações VII, nos escreve: “Nenhum homem é uma ilha, isolado em si mesmo; cada ser humano é uma parte do continente, uma parte de um todo. Se um torrão de terra for levado pelas águas até o mar, a Europa ficará diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse o solar de teus amigos ou o teu próprio; a morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não pergunte por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”. A verdade verdadeira é que se tornar uma ilha, o isolamento é contra a natureza. Somos animais políticos, por definição seres gregários, que precisam uns dos outros para viver e a vida fazer sentido. Dependemos  uns dos outros para seguir adiante, não apenas por causa da necessidade de contato visual, do afeto, do convívio, mas, também porque a nossa economia é uma economia em que dependemos uns dos outros para criar bens e serviços, para sobrevivermos. Então só posso dizer não! Só posso dizer: basta! Onde, por amor de Deus, em que mundo estamos que uma pessoa precisa pedir permissão para exercer seus direitos naturais de ir e vir, de fazer seu trabalho, de ter seu negócio? Como se explica que alguns “iluminados”, que ignoram nossos direitos mais sagrados, se sentem com poder suficiente para proibir por decreto que possamos sair as ruas, visitar um parente, fazer uma caminhada, cumprimentar um amigo, beber um café ou tomar uma cerveja no boteco da esquina, não ter direito de entrar numa loja para comprar um game, uma bicicleta, um carro ou consertar o seu celular? Porque temos que ser as vítimas do medo de alguns que, ainda por cima, nos acusam de colocá-los em risco, quando são eles, que encharcados de notícias trágicas nos impõem este isolamento antinatural, inclusive utilizando a polícia contra o cidadão? Como é possível que uma minoria organizada possa tirar os direitos, a condição de vida e de sobrevivência das pessoas em nome de uma histeria, pois, só é este o resultado do medo irracional que tomou conta dessas pessoas. Só isto pode explicar as decisões autoritárias de nos isolar, quando não há certeza nenhuma de que esta seja uma decisão correta. Não há certeza de nada em relação ao vírus, mas, há uma certeza absoluta de que o isolamento vai criar pobreza, falir empresas, causar desemprego e trazer o caos. Basta de medo! Basta de isolamento! Precisamos voltar a viver.

 

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