Quinta-feira, 30 de dezembro de 2021 - 10h13
Há dias desejo escrever, contar, falar de algumas coisas da
vida ou talvez da morte. Mas, a inspiração não veio! Falei com pessoas e pensei
em diversas possibilidades de iniciar um texto e nada. O pensamento corria
solto em diversas direções, mas, os dedos não sentiam ânimo para teclar. Essa
conexão da mente e das mãos creio que seja também importante para escrever. O
cantar dos passarinhos, as chuvas, o calor ardente, minha gata Nina; uma
palestra, um sonho. Uma música para relaxar outra para dançar, talvez. Tudo
seria, em tese, um motivo para escrever.
Fechei os olhos - faço isso sempre e tantas vezes - e, colhi da mente
uma incontrolável vontade de nada pensar. Queria o vazio do silêncio. O sono
sem sonhos; o descanso pleno. Nada veio...
A vida tem sido assim nos últimos tempos. Tenho tido
bastante tempo para dispor de mim e dos meus pensamentos e das lembranças dessa
vida. Abri um livro. Uma página muito interessante sobre relações humanas, mais
especificamente sobre o casamento, me chamou atenção. O quanto nos distanciamos
de nós, do nosso autocuidado, de acolhermos nossas deficiências e nossas
virtudes colocando tudo no âmbito do certo e do errado, do devo e não devo e
nunca no campo do possível sem violações de nossa alma. Acolhermo-nos com todas
as nossas fragilidades e forças e nossa capacidade de vencer as adversidades é
o grande e profundo aprendizado da vida.
Partilhar experiências com nossos parceiros de jornada, amores de nossas vidas
é sabedoria. As relações amorosas deveriam ter por base o crescimento sem
grades, o crescimento com respeito à individualidade de cada um. Estarmos
juntos, porém sem dependência. Que coisa linda não é? Significa uma troca contínua de empatia,
altruísmo, afetividade, diálogo que culminaria com o respeito profundo a
individualidade afetiva/amorosa. Há um enorme desafio que nos ronda sempre que
é pensar numa educação que nos possibilite e nos ensine a cuidar de nós e sair
da passividade e da concessão que muitas
vezes conferimos ao outro para nos ferir, controlar e magoar. Assumir quem
somos, vencer a nós mesmos é um gigantesco desafio/aprendizado. Porque
quebraremos barreiras educativas centenárias de que nós mulheres somos nascidas
para sofrer. Lembremos os dizeres populares, por exemplo, ser mãe é padecer no
paraiso; Deus quer assim; o que Deus uniu ninguém separa e por aí vai. Que tal
aproveitarmos esse ano novo que chega e nos aproximarmos de nós mesmas? Abrir
as nossas portas interiores e pensar em quem somos e como podemos nos amar
mais? Eu estou nesse caminho e você? Um axé de luz para todas nós!
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