Terça-feira, 21 de dezembro de 2021 - 11h55
Eu me apaixonei pelos gatos há mais ou menos 23
anos. Eles foram invadindo minha vida, sorrateiramente, como somente os gatos
sabem fazer. Hoje, meu coração é cheio
de pelos de todas as cores dos(as) amigos(as)/filho(a)s felinos(as) que tive e
tenho.
Todas as vezes que venho ao Ceará e ando pelas
praias, me dou conta, com mais intensidade, do extremo abandono em que vivem
esses lindos animais domésticos. Perambulam pelas ruas, e as barracas nas
praias são habitadas por felinos mendigos, aguardando a comiseração alheia para
sobreviver. Tal qual mendigos humanos, eles também não têm um lar, são doentes,
rejeitados, mortos, chutados e amaldiçoados. Meu coração não resiste e dou meu
peixe para eles. Imperceptivelmente aos olhos dos que me rodeiam, eu choro; mas
as lágrimas são internas, porque gostaria de poder levá-los comigo e cuidar de
cada um com todo meu amor. Não posso, com o meu jeito aquariano de ser, deixar
de pensar na maldade humana, e no descaso institucional no trato com os
animais. Não somente os felinos, mas também os cães como animais domésticos.
Alimentei com parte do peixe do meu jantar três deles. Depois, no almoço, mais
um; e não saiu da minha memória o dia inteiro a visão de uma escória da maldade
humana em forma de pelos pretos sarnenta e maltratada. Quis chorar, desviei o olhar e pedi ao
universo para levá-lo a outro lugar – no além-terra, onde não possa mais
sofrer. Não pude levá-lo comigo e isso
me dói e me revolta. Na rua onde mora minha família, há um gato que mia
diuturnamente. Ele tinha um lar, agora perambula e seu miado é um lamento que
dói nos ouvidos e no coração. Alimento e converso com ele. Chamam-no de
"gato de botas" – ele tem patinhas brancas contrastando com sua
pelagem preta. O gato de botas tem um olhar triste, e eu tenho certeza que seu
lamento é de dor pelo abandono. Procuraremos um lar para ele, pois na casa da
minha mãe já adotamos cinco lindas mães felinas, que não tinham um lar.
Por fim, o que penso é que o ser humano sabe ser
cruel: maltrata a vida dos felinos, dos cães, dos seus semelhantes, da natureza
em que vive etc. Daqui do quintal da minha mãe, sob o vento Aracati, eu desejo
e sonho um mundo melhor. Quero conseguir um lar de amor para o "gato de
botas". Que o universo conspire para isso!
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"A nova era nuclear: uma etnografia da retomada do programa nuclear brasileiro — ou uma crônica do futuro". Este sugestivo título da tese de doutora
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