Segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022 - 11h17

Estamos em ano de eleição e o que o mais repercute são os atos dos
ministros do STF, decretando que Lula, e, de tabela, todos os envolvidos na
operação Lava Jato são inocentes, ignorando os bilhões de reais devolvidos aos
cofres públicos, mediante acordos de leniência e confissões pós investigação. O
procurador Dallagnol, recentemente, escreveu no seu Twitter: “A Lava Jato
investigou crimes e aplicou a lei. Os 5 bi devolvidos por criminosos confessos
aos cofres públicos não cresceram em árvores”. Não se impressionem se o STF
autorizar o reembolso do dinheiro que foi surrupiado pelas empresas corruptas.
Não podemos continuar aceitando o termo pilantra como sinônimo de
político. Os Ptralhas são inocentes ou
coniventes? Responda, votando certo!
A angústia da expectativa muda o humor, provoca discussões virtuais e
nos põe à beira de um abismo depressivo. Mal nos recuperamos de um ataque
virótico invisível/silencioso e já nos deparamos com o dilema de uma escolha
ruidosa, tramada nos salões do STF/TSE. Em tempos de eleição, a ansiedade da
escolha aterroriza a espera, aqui não se trata de um inimigo invisível, mas da
possibilidade de escolha de um conhecido facínora ou de um capitão sem patentes
administrativas comprovadas, para voltarem a governar o país, em nome de uma
democracia fragilizada. Somos pela renovação, vamos testar o que ainda não foi
testado, melhor do que persistir no erro. Já que não devemos trocar pela força,
a opção mais viável é a escolha de quem ainda não governou: ele inspira confiança. Vote no alternativo.
São tantos partidos, tantas esquerdas e tantas direitas, são tantas
propostas, tantas faces mascaradas se oferecendo ao olhar do eleitor, tantas
mãos entreabertas para que não lhes possamos ver as linhas do destino, tantos
discursos demagógicos, tanta ingenuidade, assimilando as promessas e prometendo
o voto em troca de promessas populistas, que desestimula o envolvimento de
pessoas sérias, é como se a gente, ao se meter com a política, estivesse se
envolvendo com o bloco dos sujos, com a ralé da espécie humana.
O que mais irrita é a ingenuidade apaixonada do eleitor e a cegueira dos
eleitores petistas de carteirinha, que não pensam no país, na nação. Insistem
na imagem fantasiosa do homem simples qua ajudou o pobre a comer carne e a ter
seu carro próprio, mesmo que para isso tenha vendido a alma ao diabo e
dilapidado o erário público. Inocentemente, a massa desinformada acredita no
veredicto de um tribunal político, sem moral, sem isenção para julgar o patrão.
De quatro em quatro anos é sempre a mesma coisa, infelizmente o voto, no
Brasil, é loteria, mas é a oportunidade que o povo tem de sair da mesmice, de
apostar em novas propostas. A angústia da eleição envolve sintomas físicos e
psicológicos, é estressante: controle-se, respire fundo, vote no candidato que
lhe convenceu que será um bom gestor público, o único que colocou alguns dos
pilantras do Brasil na cadeia. Fuja da inércia, faça do voto um exercício de
descarrego e, ao chegar em casa, tome um banho morno com arruda, aroeira e
alecrim, rememorando Mário de Andrade: “O passado é lição para se
meditar, não para se reproduzir”.
Durante a
comemoração dos 100 anos da Semana de Arte Moderna, o movimento que
virou às avessas a cultura brasileira, que tal fazermos o mesmo com a política,
elegendo uma inesperada terceira via, rejeitando de vez o passado corrupto e a
mesmice de candidatos semianalfabetos com propostas mirabolantes, tramadas dentro
de uma possível federação de partidos de esquerda, com resultados presumíveis e
assustadores. “Minha obra toda
badala assim: Brasileiros, chegou a hora de realizar o Brasil” (Mário de Andrade).
Já está na hora de
gritarmos para o mundo: − respeitem nosso país, o Brasil é um país sério!!
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