Sexta-feira, 15 de julho de 2022 - 10h05

A janela da inteligência
artificial vem multiplicando as vistas na galopante proporção das pesquisas,
patrocinadas por empresas e governos de países mais evoluídos. O capital
envolvido vem dobrando ano a ano, em função dos resultados satisfatórios. Cada
software desenvolvido é como uma janela com as suas respectivas vistas. Há
software com mais de uma vista, ademais ele é o cérebro da inteligência
artificial. Cada robô tem o seu software próprio.
O termo inglês "software" foi usado pela primeira vez
em 1958 em um artigo escrito pelo cientista americano John Wilder Tukey. Foi
também ele o responsável por introduzir o termo "bit" para
designar "dígito binário".
Segundo minhas breves e limitadas lições, o software é classificado como
a parte lógica de um computador, cuja função é fornecer instruções para o hardware. O hardware é toda
a parte física que constitui a máquina, por exemplo, a CPU, a memória e os
dispositivos de entrada e saída. Logo logo o físico e o lógico serão
unificados.
Num futuro não muito distante, seremos
atendidos em escritórios de advocacia, de contabilidade, em consultórios
médicos, em gabinetes especializados, por uma secretária robô que fará a nossa
ficha detalhada e encaminhará a um outro software mais especializado, que
cuidará do resultado final, até o dia em que já não seremos: o ser
ou não ser hamletiano, talvez ainda perdure numa velha prateleira da
consciência humana, como cortina a uma janela cósmica da nova inteligência,
cujas vistas são respostas aos questionamentos existenciais inexistentes.
Se estivermos num consultório
médico saberemos o diagnóstico da doença e o tratamento adequado. Em caso de
necessidade de cirurgia, uma outra máquina fará o procedimento. Ao ser humano,
enquanto existir, caberá apenas conferir os resultados e checar a manutenção da
inteligência artificial.
Num futuro ainda mais distante
a morte será vencida por chips implantados no cérebro e no resto dos órgãos,
que cuidarão da substituição de células velhas por células novas. Hoje já se
faz esta substituição, usando células tronco. As doenças e a velhice vão
desaparecer! A imortalidade e a eterna juventude já são vistas possíveis, na
janela da vida artificial. As vistas das viagens interplanetárias não terão
mais os frágeis corpos humanos como obstáculos.
O
porvir da artificialidade nos aponta para um algoritmo programando outro: do
jeito como estão sendo desenvolvidos, os softwares acabarão adquirindo vida
própria, ou seja, a inteligência artificial pensará a sua própria existência,
vencendo as modificações do nosso sistema planetário, superando até mesmo a extinção
do reino vegetal e o fim da água potável, no planeta. Novas energias
ressurgirão da mente artificial e das viagens intergaláticas.
É a ciência da informática dando as cartas e abrindo janelas, com suas
vistas intrigantes, a um novo mundo, um novo ser, uma nova vista, um novo deus:
a vida sem sangue, sem carne, sem neurônios, sem dor, sem lágrimas, sem
sentimentos, sem alimentos, sem ..., sem limites. Seremos
totalmente artificiais, imunes inclusive ao inevitável esfriamento do sol.
Enfim imortais.
Isso
se não nos destruirmos antes, vítimas de uma hecatombe total aniquilante,
oriunda das várias formas de poder; talvez sejamos extintos devido a um novo
choque com um gigantesco asteroide, como o que atingiu a Terra, há 66 milhões
de anos, em um ponto do Oceano Atlântico, perto da atual Península de Iucatã,
na costa do México; quem sabe, sejamos
tirados de cena pela mística figura apocalíptica, postada atrás da cortina da
morte, reconhecendo a hora de recolher os cordéis do livre arbítrio,
privando-nos a vista da janela do futuro. O que será?
As vistas
evolutivas da janela da 4ª revolução industrial, em curso, não parecem ter
freios ou limites, independem de nós. A sucessão de épocas e de saberes é como
o mero ato de passar o bastão, até
chegarmos ao desvendamento e à inutilidade da filosofia, especialmente das
filosofias ocultistas manipuladoras, até chegarmos à unificação dos hemisférios
cerebrais humanos, até chegarmos ao formato “cérebro único”, artificial, um fim
que é o começo de uma nova cabala existencial materialista.
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