Domingo, 12 de junho de 2022 - 08h10
Olhei os livros empoeirados na estante, os textos a corrigir, as roupas no armário para organizar e os sonhos que insistem em se tornar realidade. Em meio a essas rotineiras tarefas e o enfado que elas causam lembrei-me da minha pré-adolescência. Àquelas tardes em frente à TV e aqueles filmes ilusórios e suas mágicas reações em nós. Na tela, vi discorrer um enredo que me trouxe uma lição resgatada após anos e anos de vida. Havia um reino muito distante cujo rei e sua adorada filha viviam em plena felicidade. Em idade para o matrimônio, o rei, pai amoroso, quis escolher um pretendente à altura da princesa. Lançou, então, um desafio: aquele que trouxesse uma rara rosa azul, cujo habitat era a mais alta montanha da região, levaria a mão da princesa. Dezenas de cavaleiros lançaram-se ao desafio. A missão era espinhosa, árdua, desgastante, perigosa e quase impossível. Dizia -se que o rei não queria de fato casar a filha pela dificuldade da tarefa. Mas, o que o rei queria era um homem que fosse capaz de cuidar do seu reino e amar, acima de tudo, a filha adorada. Já sem esperanças de ver seu desejo tornar-se realidade, o rei anuncia o fim da busca. Eis que o autor da trama reservou para o final a aparição de um belo e forte cavaleiro, que assegurou trazer a rosa e poder casar-se com a princesa. Atravessou a perigosa montanha, venceu todos os desafios e pode colocar nas mãos do rei a bela e brilhante rosa azul. Casaram-se e foram felizes para sempre. E eu? Tinha apenas 11 anos!! E todas as vezes que tenho que enfrentar um desafio, por mais pequeno que seja, eu visto a armadura de Amazona (claro) e vou buscar a rosa azul. Ela tem me acompanhado discretamente, olhando-me do alto da montanha com suas pétalas reluzentes e a cada desafio vencido eu sorrio para ela e sigo. Quando vejo uma pilha de provas para corrigir, uma pia repleta de copos, talheres, pratos e panelas, eu também busco a rosa azul para encantar e tornar menos densa a rotina da vida. E de rosa azul em rosa azul eu já plantei um imenso jardim que me acompanha há décadas. A lição é que podemos vencer as dificuldades da vida e, em especial, e tão arduamente, vencer a nós mesmo, e alcançar a rosa azul para não desesperar e morrermos desencantados com o mundo.
Fala-se de paciência como se fosse um adorno moral, uma virtude de vitrine. Mas, no íntimo da vida real, ela é mais do que palavra repetida em sermõ
Conhecem os políticos as dificuldades do povo?
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Crônica do futuro nuclear brasileiro
"A nova era nuclear: uma etnografia da retomada do programa nuclear brasileiro — ou uma crônica do futuro". Este sugestivo título da tese de doutora
"Isso é em Portugal e na Europa!..."
Estando na companhia amiga de meu cunhado, a almoçar suculenta feijoada brasileira, onde não faltava boa farofa, couve guisada e abundante carne, tu