Segunda-feira, 29 de novembro de 2021 - 11h44
A
10 de Janeiro – ou domingo mais próximo dessa data, dia do falecimento de S.
Gonçalo, realiza-se festa rija em Vila Nova de Gaia.
Penso
que todos conhecem, pelo menos vagamente, quem foi S. Gonçalo de Amarante.
O
Santo (beato,) nasceu em Tagilde (Vizela) e era sacerdote. Dizem que no dia do batismo,
ao entrar na igreja, ergueu os bracinhos para a imagem de Jesus.
Era
padre bondoso e caritativo. Um dia resolveu ir a Jerusalém, e para a Igreja não
ficar sem pároco, deixou seu sobrinho, que, igualmente, era sacerdote.
Como
passassem muitos anos (14,) e não regressasse, o sobrinho julgou-o morto e
tomou definitivamente a paróquia.
Levava
vida desbragada. Era cruel, e maltratava os pobres e os humildes.
Certo
dia, o tio, inesperadamente, regressou. Vinha velho, desfigurado, de vestes
sujas e rotas. Para se inteirar como o sobrinho dirigia a paróquia, foi bater à
porta da residência, pedindo esmola.
O
sobrinho, escorraçou-o, julgando ser um indigente, e soltou os agressivos
rafeiros.
Amargurado
pelo comportamento do atual abade, S. Gonçalo fez uma choça nas margens do
Tâmega, e ai morreu (1262,) orando e fazendo penitencia. Contam-se enternecedores
milagres do taumaturgo, como os casos: da ponte, dos touros e dos penedos.
É
este santo que é festejado no dia do seu falecimento, em Vila Nova de Gaia, de
forma profana e quase pagã.
Pelas
nove horas, o grupo, com "zé-pereiras", dirige-se, em grande
algazarra, para a casa onde é guardada a " cabeça" de S Cristóvão.
Entram
as figuras principais, vestidos com trajos, mais ou menos, do século XVIII.
Um,
frade, empunhando bordão de peregrino, com cabaça no alto, simbolizando S.
Gonçalo, que era, como se sabe, dominicano; os outros, de cabeleira branca,
calção, camisa e punhos rendados, casaco comprido e sapatos de fivela ou botas,
de borracha, de embarcadiço.
Após
entrarem, chegam à janela, para mostrarem, ao povo, a " cabeça".
Levanta-se
alarido na rua e em uníssemos, gritam: " O Santo é nosso! O Santo é nosso,
e, é, é!"
Segue-se
improvisado discurso. De seguida, sempre com a " cabeça" à frente do
cortejo, vão à casa onde se encontra S. Gonçalinho – pequena imagem de corpo
inteiro, – e há novo discurso.
Percorre depois o cortejo as principais
artérias de Santa Marinha. Pelas cinco ou seis horas da tarde, chegam à igreja
de S. Cristóvão ( Mafamude) onde em regra, se encontram com os da
"rasa" - Velha e Nova - ( grupos mais recentes que os "
Mareantes do Rio Douro", que festejam de modo semelhante, o Santo.
Entram
na igreja de costas (só as três figuras principais,) fazem oração e saem. O
cortejo, então, dá três voltas ao redor do templo, seguindo para a sede do
clube. Antes de cada um regressar a casa, há jantarada.
É
festa profana, nada religiosa, a não ser a missa celebrada na capelinha do
Senhor da Piedade.
A
origem dos festejos, segundo reza a tradição, é muito antiga.
O
abade de Santa Marinha, indignado com a falta de respeito aos "
santos", resolveu colocá-los em lugar seguro.
Colocou
a "cabeça" de S. Cristóvão numa cesta e tapou-a com alva toalha de
linho, e pediu, a mulher, para a levar para o Porto.
Chagando
ao rio, esta, solicitou a mestre passador - barqueiro que unia de barco as duas
margens, - para a passar. O vento levantou a ponta da toalha e o barqueiro,
vendo a " cabeça", pegou-a e gritou: "O Santo é nosso! O Santo é
nosso!"
Começou,
dai, a realizar-se, anualmente, o cortejo, nada religioso, e o povo acompanha,
dançando e gritando: " O Santo é nosso! O
Santo é nosso, e, é, é !..."
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