Quinta-feira, 21 de janeiro de 2021 - 11h24
Costuma-se dizer, que a crosta da estupidez,
que nos cerca, tem léguas de espessura.
Se a estupidez fosse das mais baixas camadas
da população – que muitas vezes é mais sábia do que se pensa, – compreendia-se,
mas essa crosta, provém de indivíduos responsáveis e (quantas vezes!) de
encanudados, de canudos ocos.
Não é, todavia de “ canudos ocos”, que
pretendo falar, mas de gente modesta, empertigada da sua “ importância”
económica e bem-falante.
Estando na papelaria a comprar
esferográficas, deparei com diálogo, entre freguesa e balconista, sobre saúde.
- “Então, que dizem os médicos? -perguntou a
caixeirinha.
-”Além de mais, falam também numa espondilico,
ou pondirrose ou coisa assim.”
-” Cheee! …Já ouvi falar nessa palavra! …” – Respondeu
a empregada, exprimindo semblante condoído.
Como anedota é impagável; como realidade só
pode ser lastimável.
Num açougue – contou-me familiar, – discutiam
o crime horrível, relatado no jornal:
-” Ah! Então já se sabe quem matou! Foi este
homem de barbas! Bandido!” – Afirmou a açougueira, apontando para o jornalista.
-” Olhe que não – explicou a cliente, mais
sabedora – esse é o jornalista!”
-” Olha agora! A senhora não me dê lições,
que eu sei muito bem ler! Cá está: “ A esposa perante o bárbaro assassino!” Bárbaro
é este, que tem barbas e que é assassino.” – Apontando insistentemente, com o
indicador, para o retrato do jornalista.
Certo domingo fui participar na missa do
Padre Faria, na Igreja de Santo Ildefonso (Porto). Na homília, este,
referindo-se às palavras de Cristo, que dizem: “ Eu sou o caminho…”
O bom sacerdote, esclarece: - “ Não vão para ai dizer: que eu sou o caminho…”
E prosseguiu: “É que já me disseram que há
quem afirme, que o abade de Santo Ildefonso, é o caminho… Eu sou apenas um
pobre pecador…”
E ainda dizem que o ensino obrigatório é
necessário para que todos sejam cultos e ilustrados…
O ensino, para muitos, apenas serve para
obter diploma, que permita: obter bons empregos…e pouco trabalho…
Fala-se de paciência como se fosse um adorno moral, uma virtude de vitrine. Mas, no íntimo da vida real, ela é mais do que palavra repetida em sermõ
Conhecem os políticos as dificuldades do povo?
Durante o tempo que fui redator de publicação local, e realizei várias entrevistas a figuras notáveis.Certa ocasião, entrevistei conhecida deputada.
Crônica do futuro nuclear brasileiro
"A nova era nuclear: uma etnografia da retomada do programa nuclear brasileiro — ou uma crônica do futuro". Este sugestivo título da tese de doutora
"Isso é em Portugal e na Europa!..."
Estando na companhia amiga de meu cunhado, a almoçar suculenta feijoada brasileira, onde não faltava boa farofa, couve guisada e abundante carne, tu