Sábado, 23 de maio de 2020 - 13h25
As modificações que estão
ocorrendo e ainda vão ocorrer no comércio com a crise do coronavírus são
muitas. Em primeiro lugar por causa da questão do isolamento. Como muitas
pessoas foram obrigadas a trabalhar em home
office, nós teremos, claramente, um deslocamento do mundo do trabalho para
as casas. Muitas empresas observaram que é melhor, e mais barato, do que ter
uma enorme concentração de pessoas em seus escritórios ser mais flexível com
horários e deixar seus funcionários em casa. Alguns empresários, que mediram a
produtividade, chegaram à conclusão que seus custos diminuíram e sua
produtividade aumentou. Inclusive, em alguns casos, tiveram respostas rápidas
fora do horário do expediente normal, e até nos finais de semana, graças à
pandemia. Em segundo lugar, com certeza, uma tendência que já estava em franco
crescimento, a do trabalho por conta própria e informal, deve crescer ainda
mais, de vez que, do pessoal que está sendo demitido, se estima que somente
cerca de 70%, e mesmo assim em um ou dois anos, serão readmitidos. Em terceiro
lugar, como as lojas físicas ficaram fechadas, então, muitos que não utilizavam
as vendas por sites ou por mídias sociais tiveram que se adaptar e, de forma
célere, para ter renda, passar a atender por novos canais de vendas. Uma
comprovação disto é o fato de que um relatório da Global Web Index revelou que 95% dos consumidores estão mais
tempo online. Via de consequência, foi inevitável o crescimento das compras
pela internet. Segundo a Compre & Confie, o faturamento do E-commerce
cresceu 28% nos meses de fevereiro e março em comparação com o mesmo período de
2019. É claro que nem todos os setores registram crescimento. Afinal como
grande parte das pessoas foram afetadas pela queda de seus rendimentos o que se
viu crescer mesmo foi a procura por bens de consumo rápido, o que representa
uma grande mudança nos hábitos do consumidor brasileiro, que antes era mais
focado em bens duráveis (moda e acessórios, eletrônicos e artigos para casa,
por exemplo). Porém, vejamos os casos dos restaurantes. Mesmo perdendo muita
receita não tiveram outro jeito que não partir para as vendas de entrega a
domicilio. É bem possível que esta seja uma prática que vá perdurar em muitos
negócios. Ainda mais que, como as tributações são diferenciadas, os preços dos
produtos na internet acabam sendo, por causa dos custos menores, bem mais
acessíveis. O consumidor, depois que aprende a usar a internet, se assusta com
os preços praticados nas lojas físicas. Descobre que o preço da internet é bem
mais barato do que nas lojas físicas e, por mais que se explique, que a carga
tributária aplicada aqui em Rondônia é muito alta, não se conforma com a
diferença dos preços. Isto nos coloca o problema de ter que reinventar o nosso
negócio. Por outro lado, precisamos que o estado faça a sua parte. Precisa
entender que tem que diminuir o tamanho dele; que precisamos de um estado mais
enxuto, um estado menos voraz na arrecadação. Esta crise também coloca em xeque
o sistema de impostos, a burocracia e a sobrevivência de nossas empresas e de
nossa economia. É preciso repensar o comércio e não será apenas com as
campanhas de compre o que é nosso que iremos superar os problemas de
competitividade.
O que faz uma cidade ser boa para se viver?
A qualidade de vida em uma cidade depende de diversos fatores que influenciam o dia a dia de seus habitantes. Infraestrutura, segurança, transporte
A transação do comércio eletrônico como realidade cotidiana nas relações de consumo trouxe benefícios evidentes para o mercado e para os consumidore
A responsabilidade pela saúde em Rondônia
No centro do debate aberto nas últimas semanas, estão a saúde da população e a responsabilidade no uso dos recursos públicos. Em lados opostos, se c
Programa nuclear brasileiro: “pau que nasce torto, morre torto”!
Diante do momento atual – em que se discute a retomada da construção de Angra 3 (paralisada há quase 40 anos), abrindo a porteira para um amplo prog