Segunda-feira, 19 de outubro de 2009 - 20h06
Sai pela Editora Record o novo livro do jornalista e escritor paranaense. Ele constrói uma narrativa tão informativa quanto envolvente, aliando de maneira magistral jornalismo e literatura.
MONTEZUMA CRUZ
Agência Amazônia
BRASÍLIA – Vem aí “Fuga dos Andes”, o mais novo livro do jornalista José Antonio Pedriali. Aos 53 anos, esse repórter e editor viveu o período em que os jornais ainda concluíam suas edições depois das 23h e, não raro, madrugada adentro. Estudioso dos problemas sul-americanos, excursionou por diversos países, entre os quais o Peru. Logo, apaixonou-se por sua história e por sua gente. Foi nos anos 1980, quando os empresários de comunicação investiam em grandes reportagens porque sabiam que elas faziam seus veículos conquistarem mais leitores.
Pedriali é daqueles que compram uma boa briga para convencer editores a distância de que vale a pena abrir uma boa manchete para compensar o esforço ou até mesmo o sacrifício de quem percorre longas estradas, enfrentando todo tipo de intempéries e ameaças, para buscar preciosas informações. Foi assim que ele se notabilizou em “O Estado de S. Paulo”, deixando a confortável banca da editoria de internacional chefiada pelo jornalista Marcos Wilson, para percorrer de carro os íngremes caminhos dos Andes.
Conheceu e conviveu
Pedriali conviveu com militares, guerrilheiros, estudantes, taberneiros, donos de hotel, agricultores e camponeses. Ouviu gente sã, bêbados e doentes mentais. Deslumbrou-se com a floresta e as montanhas. Esteve no Peru quando o sanguinário exército guerrilheiro Sendero Luminoso vivia o auge da matança e dos atentados perpetrados contra peruanos e estrangeiros na região de Ayacucho.
É por isso que “Fuga dos Andes” fará enorme sucesso. Eis a resenha da Editora Record: “Ao misturar realidade e ficção num ritmo alucinante e tendo como cenário o multifacetado território peruano e atores o Sendero Luminoso, seus perseguidores e vítimas, Pedriali constrói uma narrativa tão informativa quanto envolvente, aliando de maneira magistral jornalismo e literatura.
“O ano é 1983. Humberto Morabito, experiente repórter brasileiro, está indo ao encontro de uma comitiva de jornalistas peruanos para investigar o assassinato de guerrilheiros do Sendero Luminoso quando conhece, de maneira arrebatadora, a misteriosa Beatriz. O encontro o faz extraviar-se do grupo, que é brutalmente assassinado ao chegar a Uchuraccay – minúsculo e remoto povoado dos Andes, situado a mais de quatro mil metros do nível do mar.
“O massacre abala o Peru e o mundo e mergulha Humberto no que o Peru tem de mais profundo e secreto e o envolve numa trama de mistério, intrigas, espionagem e violência. “Fuga dos Andes” impressiona por amarrar, com extrema desenvoltura, subnarrativas que, agindo como peças de um fascinante quebra-cabeça, apresentam diferentes perspectivas – a atuação do Sendero Luminoso e a sua opção pela violência generalizada, o esforço da polícia secreta para identificar e capturar os líderes guerrilheiros, o sensível relato de um camponês de Uchuraccay, símbolo da tragédia que se abateu sobre os habitantes dos Andes. E a dramática e instigante busca de Humberto por Beatriz.
“Ao acompanhar essa aventura, o leitor é rapidamente imerso numa atmosfera densa, descrita num estilo que faz jus aos maiores escritores latino-americanos”.
QUEM É
José Antonio Pedriali trabalhou na “Folha de Londrina” e atualmente é editor de política em “O Diário do Norte do Paraná”, em Maringá. Trabalhou também no “Jornal da Tarde” e “O Estado de S. Paulo”, entre outras publicações. É autor de "Guerreiros da Virgem – a vida secreta na TFP", "Wilson Moreira e a política da eficiência", "Dalton Paranaguá e a construção do futuro" e, agora, "Fuga dos Andes". Torce para o Palmeiras e, no seu blog, avisa: que é “alérgico a corruptos e corruptores”.
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