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Montezuma Cruz

Lei Seca flagrou 1,9 mil pessoas dirigindo embriagadas em 2015; entre janeiro e fevereiro deste ano já foram 86


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Motos “engordam” estatística, mas inabilitados com elas e ao volante fazem a tragédia diária do trânsito

Em apenas dois meses, janeiro e fevereiro deste ano, 319 condutores de veículos transitaram sem licenciamento em Porto Velho. No ano passado, 872 não habilitados saíram às ruas, arriscando vidas dos outros e as próprias. Sete pessoas morreram nesse mesmo período de 2015 e seis este ano.

Embriagadas, 1.959 pessoas também arriscaram dirigir em 2015, infringindo o artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro [a conhecida Lei Seca], lamentou o subcomandante da 1ª Companhia Independente de Policiamento de Trânsito (Ciaptran), 1º tenente Luiz Cláudio Domingos Soares.

“Acidentes provocados pelo excessivo uso de bebidas alcoólicas crescem a cada semana, sempre a partir da quarta-feira”, comentou o subcomandante.

Essa estatística é elaborada diariamente com base em dados das PTrans [Patrulhas de Trânsito] em atividade diuturna na Capital.

Álcool e imprudência seguem no topo da estatística feita pela 1ª Ciaptran, que, entre causas diversas de ocorrências, aponta o crescimento na frota de motocicletas na Capital e desaparecimento de bicicletas dos pátios de estacionamento de empresas privadas e repartições oficiais. Mesmo assim, ciclistas ainda se acidentam.

Vítimas de acidentes com motos lotam enfermarias nos hospitais de Base Ary Pinheiro e João Paulo II. A facilidade para aquisição e o consumo de combustível são apontadas como componentes do crescimento da frota: uma moto 50 cilindradas custa atualmente R$ 3 mil, pagos em prestações mensais; dependendo do modelo, um litro de gasolina é suficiente para percorrer 30 quilômetros.

FATALIDADE

Durante o ano de 2015, as três principais ocorrências anotadas por policiais em viaturas foram: 1) condução sob efeito alcoólico, envolvendo 1.959 pessoas; 2) direção de veículos não licenciados, 1.725 pessoas [infringindo o art. 3º, inciso I do art. 162 do Código]; 3) não habilitação, 872.

No ano passado, sete pessoas morreram entre janeiro e fevereiro; acidentes não fatais totalizaram 565; este ano, seis morreram no mesmo período, uma delas, um ciclista embriagado atingido por um carro.

Acidentes não muito comuns também ocorrem: na noite de terça-feira (29), por exemplo, uma mulher dirigindo um automóvel Fox subiu a calçada e colidiu frontalmente com a lixeira, na esquina das ruas Rio de Janeiro e Antônio Violão, no Bairro Tancredo Neves.

Já no bimestre janeiro-fevereiro de 2016, a 1ª Ciaptran encontrou 330 veículos não licenciados, flagrou 319 não habilitados e registrou 86 ocorrências. Vítimas não fatais: 586 no ano passado, 565 este ano.

“A frota rodante aumentou desde o início das obras da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira (2008), mas isso não é desculpa para descuido, imprudência e irresponsabilidade”, alertou o subcomandante. ”O mais preocupante mesmo são os inabilitados; eles insistem em sair do quintal ou da garagem e, muitos embriagados em casa ou em bares arriscam a própria vida e a dos semelhantes, resultando em lesões ou em óbitos”, disse.

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Trevo da Rua Campos Sales, na Vila Tupi: trabalhadores seguem para o trabalho

FUTURO BATALHÃO

O subcomandante comemora uma conquista dos policiais do setor: já começou o curso para formação de 400 novos PMs, dos quais, uma parcela será engajada no setor de trânsito. “Acreditamos que esse reforço permitirá a transformação da Ciaptran em batalhão, possivelmente no segundo semestre deste ano”.

O 1º tenente Soares também conta como positiva blitzes educativas: “Elas associam a melhoria à necessidade permanente de também fazermos o policiamento repressivo”.

Nesse ritmo, a PM segue alertando e advertindo as pessoas ao volante a não usarem telefone celular ao mesmo tempo em que dirigem; controlarem a velocidade em vias públicas, evitando acidentes, respeitando vidas e não reclamando das multas registradas em radares, entre outras situações.


Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Esio Mendes, Daiane Mendonça e Arquivo Secom
Secom - Governo de Rondônia

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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