Sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016 - 22h06
Montezuma Cruz
Educadores e pais se sentem confusos com problemas sociais que adentram os muros das escolas. As maiores urgências a serem resolvidas são as dificuldades de aprendizagem e comportamento violento no âmbito escolar.
“Quando estiverem formados os primeiros doutores em psicologia, será possível atender a esse campo tão carente com estímulo à cultura pacífica”, previu hoje (24) o gerente de formação e capacitação técnica e pedagógica da diretoria geral de educação da Secretaria Estadual de Educação, Marcos Antônio Shreder da Silva.
Para o gerente os problemas das escolas têm sido “epidêmicos” e o doutorado em psicologia irá amenizá-los. Ele elogiou o incentivo dado pelo governo estadual, ao autorizar inicialmente cinco bolsas na Faculdade Católica de Porto Velho.
O governo abriu cinco vagas disponíveis para a primeira turma de doutorado em psicologia. O Plano Estadual de Educação projeta para os próximos dez anos a elevação do número de mestres e doutores nessa área, com ênfase para cognição humana, psicologia clínica e psicologia social.
O investimento nesse doutorado é de R$ 2,95 mil, anualmente reajustáveis, parcelados em 48 vezes. O candidato pagará R$ 200 no ato de inscrição.
“Vivemos numa sociedade em rápida transformação e muitas situações nos obrigam a nova aprendizagem. Certamente haverá pleno entendimento em questões humanas, epistemológicas, psicológicas, cognitivas, éticas e sociais”, assinalou.
No Projeto Melhoria da qualidade de ensino nas escolas da rede pública, Marcos da Silva menciona alguns casos de violência em escolas estaduais e ensino fundamental e médio: Na Escola Ulysses Guimarães, em Porto Velho, duas alunas do ensino fundamental bateram em uma colega de 13 anos.
Conforme o gerente, doutores em psicologia têm a capacidade de desenvolver trabalhos de orientação profissional e vocacional; promover ações a respeito de sexualidade, ética, desenvolvimento humano, prevenção ao uso de drogas e agressividade.
“Acompanhados pelo corpo docente e pelos pais, esses profissionais podem elaborar e cumprir projetos pedagógicos e solucionar dificuldades dos alunos”, disse.
Na Faculdade Católica
O curso viabilizado pela Seduc na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação tem parceria entre a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e a Faculdade Católica de Rondônia, em Porto Velho.
“No quadro atualmente temos apenas um doutor e 87 mestres na nossa rede estadual de ensino; esses números são insignificantes em comparação com os quase 13 mil professores da rede estadual”, comentou o gerente
A dedicação dos futuros doutores a programas educacionais específicos e à análise da situação dos alunos permitirá minimizar dificuldades de aprendizagem, conhecidas por DAs.
“O problema é que até a identificação dessas dificuldades nos alunos, os índices de reprovação e evasão são constantemente elevados, especialmente no Ensino Fundamental”, queixou-se o gerente.
Segundo estudos feitos pela Seduc, os números de reprovação e evasão nas escolas estaduais de Rondônia já preocupam. Em 2012, o 6º ano reprovou 29,66% dos alunos, ocorrendo evasão imediata de 4,79%. No 7º ano, esses percentuais foram respectivamente 23,16% e 4,86%, e no Ensino Fundamental, 15,73% e 3,33%.
Os dados são do Projeto Avaliação da Aprendizagem nas Escolas de Rondônia: por que ainda falar e para que repensar?
A evasão no nível médio chegar a triplicar em comparação com o fundamental, alcançando 12,68% na média geral. O 1° ano é o mais crítico, com 15,53%,
A rede estadual de ensino apresenta atualmente alto índice de alunos com DAs. Eles são encaminhados para atendimentos especializados. Marcos da Silva exemplificou: Jaru, a 292 quilômetros de Porto Velho, teve mais de 70 alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Dayse Mara de Oliveira Martins nessa situação.
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