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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 04/11/10


 

 

A paternidade

 

Consumado o sucesso de Confúcio Moura, apareceram muitos pais desta grande vitória, que na verdade, deve ser creditada principalmente ao próprio candidato com passado limpo e com o prestígio adquirido por ter sido um bom gestor em Ariquemes. A grande verdade é que a dupla formada com seu vice Airton Gurgcz somou muito, como também a coordenação de campanha liderada por Francisco de Assis que foi muito equilibrada.

 

Fichas limpas

 

As primeiras declarações do governador eleito no seu périplo pelas emissoras de rádio e televisão tranquilizaram a população com relação ao corpo de secretariado da nova administração. Como se lembra, a imprensa alinhada tinha inventado uma seleção de fichas sujas como forma de aterrorizar a população. Tudo foi desmentido categoricamente.

 

Direito de resposta

 

No primeiro turno o governador João Cahulla (PPS) me cobrou direito de resposta nesta coluna sobre o resultado da eleição ocorrida em Rolim de Moura onde tinha sido vitorioso.  Garantiu que repetiria o feito no segundo turno e que ganharia a eleição. Mas isso acabou não acontecendo. Ele, de fato, não esperava ser derrotado, na sua própria casa.

 

Todo cuidado

 

Mas prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. É preciso entender desde já, que se a nova gestão não desenvolver uma administração a altura, Ivo Cassol e Cahulla poderão voltar fortes em 2014. Mas o histórico de Confúcio não permite conjecturas desta natureza já que quando prefeito, ele foi reeleito com 73 por cento dos votos.

 

Obra de engenharia

 

A atual gestão é marcada por grandes realizações – Centro Administrativo, estradas etc - e por isso só uma grande obra de engenharia política, como foi à coalizão oposicionista, tornou possível derrotar o atual governo. É extremamente difícil derrotar em Rondônia gestões com pagamento em dia do funcionalismo, com a máquina azeitada. Lembro que por isso em 2006, Ivo derrotou todo mundo - e ainda no primeiro turno.

 

Próximos desafios

 

A formação de sua equipe de transição, a partir do dia 20, e a abertura dos entendimentos para a eleição da nova mesa diretora da Assembléia Legislativa são os temas que já martelam a cuca do governador eleito Confúcio Moura. Na corrida pela cadeira da presidência terão a preferência do mandatário os deputados da primeira aliança, aquela formada pelo PMDB/DEM/PDT e PC do B.

 

Na peleja

 

Dois nomes ligados ao atual governo buscam apoio para se eleger a presidência da Assembléia Legislativa, que são o atual presidente Neodi Carlos (PSDC-Machadinho) e Valter Araújo (PTB-Porto Velho). O primeiro esta se afastando do cassolismo e o segundo tem apoio direto de Cassol e Cahulla. No entanto a nova base aliada já atinge 15 deputados e assim fica difícil para que Araújo se dê bem.

 

 

Do Cotidiano

 

A crônica da viagem

Foi ele quem contou ao mundo a fantasiosa lenda das amazonas, as mulheres guerreiras. Logo se soube que Frei Gaspar de Carvajal havia mesclado à mitologia grega com as explicações que a Coroa espanhola talvez quisesse para explorar impiedosamente os recursos naturais à revelia dos povos encontrados.

Como alguém, impregnado pela piedade cristã, poderia justificar o encontro uma terra habitada, declará-la posse de seu rei com base em uma autorização papal e saqueá-la implacavelmente? Demonizar ou animalizar os seres humanos que nela viviam seria uma das opções.

A deliberada intenção de distorcer os fatos para justificar atrocidades é uma das múltiplas tentativas de explicar o que deu na cabeça de um religioso respeitado, caso de Frei Gaspar, para inventar um ataque de guerreiras amazonas na qual até ele se feriu. Sua Relación, escritos com que registrou os acontecimentos reais e/ou imaginários de uma viagem histórica, é avaliada como o cometimento de um caso especial de abordagem mítica.

Permita-nos apresentar Frei Gaspar. Nascido em Trujillo (Espanha) em 1504, Gaspar de Carvajal ingressou na ordem dominicana, vindo ao Peru em 1533 para a tarefa de conversão dos índios ao cristianismo. Em 1540, uniu-se como capelão à expedição de Gonzalo Pizarro, o governador de Quito. Gonzalo era meio-irmão do conquistador do império inca, Francisco Pizarro.

A missão de Gonzalo, o mais violento e corrupto dos irmãos Pizarro, era encontrar El Dorado, a fantástica cidade do ouro, e o País da Canela, Cinnamon. A canela era na época um bem tão precioso que era um presente à altura dos reis.

Mas Pizarro não conseguiu nenhum dos dois feitos. Quem ganhou a fama por essa expedição foi Francisco Orellana. Gonzalo desistiu depois de uma sequência de desastres que o levaram a considerar a expedição um fracasso. Justamente a expedição que viria a ser considerada a descobridora da Amazônia.

Agora sob as ordens de Francisco Orellana, coube a frei Gaspar redigir a crônica da viagem, que veio a ser conhecida como a Relación. Conta-se, abaixo de muito ceticismo, que o Brasil foi encontrado por acaso e essa é também a impressão que fica da “descoberta” da Amazônia.

 
 

Via Direta

 

*** Com o inicio das chuvas já se projeta o aumento da dengue nesta temporada em Porto Velho *** E haja carapanãs pra infernizar *** O prefeito Roberto Sobrinho encerra o ano com grandes obras e a vitória da presidenciável petista Dilma Roussef para comemorar *** O PC do B surpreende e deve ter uma importante secretaria na administração Confúcio Moura.

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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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