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Carlos Sperança

A verdade florestal + Pau na Energisa + Polícia Rural + Onda de execuções


A verdade florestal + Pau na Energisa + Polícia Rural + Onda de execuções - Gente de Opinião

A verdade florestal

Vai muito além da notícia em si a informação – excelente – de que o monitoramento do nível dos rios do Amazonas passará este ano a ser feito com mapas de altíssima resolução. A identificação imediata e precisa de áreas afetadas agiliza a emissão dos sinais de atenção, alerta e emergência, abrindo a possibilidade de empregar a mesma tecnologia em outras aplicações. Além da observação do meio ambiente, para a obtenção de dados mais exatos sobre a verdade florestal.

Sempre repetido pelo presidente Jair Bolsonaro, o conceito de que é preciso conhecer a verdade, conhecimento que por sua vez será libertador, encerra o fato importante de que se libertar da ignorância já é muito quando se trata de conhecimento e verdade. Estudando detidamente o que as palavras querem dizer, em seu sentido mais amplo, é uma exortação à pesquisa científica, instrumento de busca da verdade, e ao aproveitamento das verdades descobertas, ou seja, dos avanços tecnológicos.

O mapeamento bem definido propiciado pela tecnologia emprega drone e GPS de altíssima precisão. Exibindo como se fosse a olho nu informações como a situação das zonas de risco passíveis de alagamentos, dispensável dizer que essa conquista será também importante para a segurança da região.  Insegurança e desastres ambientais são duas “neuras” amazônicas. A tecnologia traz bons remédios para elas.

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Pau na Energisa

Em ano de eleição, os políticos procuram alguém para malhar. A Energisa, por exemplo, que já nasceu desgastada com a herança da Ceron e está ameaçada de expulsão no vizinho estado do Mato Grosso. Em Rondônia a  empresa será a grande bandeira  de malhação da classe política na campanha eleitoral. A Assembleia Legislativa de Rondônia fez até CPI que não deu resultado nenhum, já que como se sabe quem decide sobre as tarifas de energia é a Aneel.

Policia Rural

Baseados na experiência bem sucedida do estado de Goiás com a criação da Policia Rural para combater o roubo de gado, maquinário e defensivos agrícolas, outros estados – na Amazônia o Acre começa a se organizar – trabalham com audiências públicas visando implantar o modelo. Os estados  de Rondônia e Acre estão seriamente atingidos com a mesma criminalidade no campo que Goiás e Mato Grosso.

Velha estratégia

O partido Aliança pelo Brasil, do presidente Jair Bolsonaro usa a mesma estratégia dos antigos raposões da política brasileira: quando a legenda se desgasta, como é o caso do PSL mais sujo do que poleiro, muda de nome, ou então se afasta da agremiação política que vira bode de bicheira. Foi assim que a Arena se cindiu com o PFL, que depois virou PDS, que o MDB se dividiu para o surgimento do PSDB. Este ainda concebeu o PSD como filhote. O Aliança está virando uma filia do PSL.

Onda de execuções

Em 2019 os estados de Rondônia, Acre e Amazonas vivenciaram uma verdadeira onda de execuções e o ano 2020 que está apenas no início já começa mostrando o mesmo cenário sanguinolento. Mais de 70 por cento de todos os casos de criminalidade na Amazônia está relacionada com o tráfico de drogas. Os cartéis tomaram conta dos estados da Amazônia e raramente os políticos tem coragem de discursar contra os  cartéis poderosos.

A inauguração

Entusiasmados com a ponte sobre o Abunã quase concluída –faltando apenas aterros e artes finais – os políticos do Acre se precipitaram e “inauguraram” a obra no ano passado, instalando uma monumental bandeira Acreana, passando por cima do presidente  Jair Bolsonaro e do governador Marcos Rocha de Rondônia, onde fica sediada a ponte. Prudência e caldo de galinha, não fazem mal a ninguém ainda mais sobre datas de inaugurações de obras públicas.

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Via Direta

*** Nos bastidores as empresas interessadas em assumir o controle do sistema de transportes coletivos em Porto Velho falam numa  nova tarifa de R$ 4,60 *** O preço é quase  semelhante a quantia do marmitex popular vendido para o povão em algumas avenidas da capital rondoniense *** O desgaste da gestão do prefeito Hildon Chaves nesta estação das chuvas – mais causada pelas alagações históricas –  pode adiar seus projetos  ***  Mas se desistir da reeleição, virá quente e fervendo em 2022 para concorrer um cargo à Câmara Federal que era seu principal objetivo quando ingressou na política *** Seguem os desbarrancamentos no Rio Madeira com o fenômeno das terras caídas *** Todo cuidado é pouco e  tanto os pescadores como a população ribeirinha e bairros as margens do Madeirão devem agir com prudência evitando os pontos mais perigosos. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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