Domingo, 23 de setembro de 2007 - 08h49
Conhecia pouco sobre as idéias ecológicas de Frei Leonardo Boff, aquele ex-Frei silenciado e punido pelo Vaticano por suas diferenças com a igreja tradicional. Ao tomar conhecimento de suas peregrinações pelo Brasil afora, me chamou atenção sua visão sobre o nosso planeta, segundo ele já estressado, chegando ao limite. Boff vê a Terra com 400 anos de exploração pelo processo industrial e já num acelerado ritmo de autodestruição.
O ex-frei tem uma postura quase apocalíptica para o que está ocorrendo neste mundão de Deus. Entende que a Terra é um organismo que autoregula-se e sua autodefesa pode significar a eliminação da espécie humana. Uma advertência realmente assustadora, embora o aquecimento global e o desaparecimento das calotas polares já prenunciem alguma coisa neste sentido.
Entende Leonardo Boff que a agroecologia é um meio da harmonização do planeta. Tanto a agroindústria como o agronegócio, ele condena: “Não são progressistas, são assassinos da terra”, dispara. O ícone da Teologia da Libertação fecha com o modelo de produção agroecológica ditado pelos movimentos populares.
Tem posições coerentes e busca reverter o processo que tende fazer o homem e a natureza desaparecer da face da terra. Recuperar o solo e as florestas são algumas dicas do ex-frei, assim como reduzir o consumo, ampliar a reutilização, a reciclagem e a arborização.
No entendimento de Frei Boff o capitalismo vigente vai contra a natureza e a vida. Ele considera o sistema autosuicida por isso ele defende que não existe outra alternativa, a não ser tentar reverter o modelo, porque se for seguida a lógica do capital, a lógica será o desaparecimento da face da terra do homem e da própria natureza. Entende que precisamos reduzir os riscos de uma catástrofe ecológica que já está em andamento em vários quadrantes do planeta.
Autor de mais de 70 obras, Frei Boff continua polemico. È defensor do casamento do padres e do sacerdócio das mulheres, mas entende que isso só será possível quando o Papa for do terceiro mundo, ligado as pastorais. E deixa mais uma declaração bombástica: A igreja só mudará quando perceber que está agonizando. Ou muda, ou morre”.
Frei Leonardo acredita, no entanto, que enquanto o Vaticano estiver centrado na Europa, segundo ele velha e decadente, não haverá mudanças. Infelizmente...
Fonte: Carlos Sperança é analista político do Diário da Amazônia e editor de Momento Brasil
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