Quinta-feira, 13 de novembro de 2025 - 08h46

Apoio
a matanças promovidas pelo poder público e oposição ao progresso trazido pela
exploração dos recursos naturais são aspectos muito complexos da realidade
brasileira em tempos de polarização e guerra de narrativas. Operação policial localizada
ter como demérito a morte de um inocente por uma bala perdida paga pelo poder
público choca a opinião pública, mas quando a ação causa grande matança não se
pensa nas vítimas inocentes levadas de roldão: supõe-se que sejam todos
criminosos.
Por
outro lado, uma exploração mineral que pode trazer riqueza a uma região é
condenada antes de uma avaliação de custo-benefício ou definição de compensações
para danos ambientais. As coisas não valem em si, mas pelas narrativas. A
recente matança no Rio de Janeiro foi maciçamente aplaudida pelas favelas pela suposição
de que foram livradas de criminosos que as oprimiam, mesmo se sabendo que
sempre há matanças e sempre aumenta o controle das favelas pelo crime
organizado.
Já
a perspectiva de exploração de petróleo na Amazônia é bombardeada ou defendida
radicalmente, sem que haja um debate sobre custo/benefício, compensações e
proteção real ao meio ambiente. Fazer parecer funciona mais que a coisa em si.
No fim das contas, poucos pensarão que inocentes morrem nas matanças ou que o
atraso econômico vem da incompetência em criar com diálogo e debate respeitoso agendas
de consenso eficazes.
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Conta outra!
O
ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) que chutou para março sua
decisão sobre o cargo que vai disputar nas eleições do ano que vem declarou
recentemente que torce para que a gestão do atual prefeito Leo Moraes
(Podemos), seu sucessor no Prédio do Relógio seja melhor do que a sua. Difícil
de acreditar nesta torcida. Seria como um corintiano torcendo para o Palmeiras,
um vascaíno sofrendo pelo Flamengo. Ainda mais na política, onde as rivalidades
tribais e os egos são enormes, dos dois lados. Portanto, conta outra, Hildão.
Os políticos não são tão abnegados e justos.
Jogo de estratégia
Mas
é bom mesmo que Leo Moraes deixe de derrapar em algumas questões, como ocorreu com
o desgaste com a coleta de lixo e capriche na sua gestão para que seja realmente
melhor do que do que a do rival. Nas minhas contas, Hildon já tem jogo de estratégia
pronto para voltar a prefeitura de Porto Velho, onde se tornou o melhor alcaide
da história da capital rondoniense. Sendo candidato a deputado federal, com certeza
Hildão será o mais votado da capital, sendo candidato ao governo de Rondônia,
igualmente será o mais votado em Porto Velho mas levando pau na disputa geral.
Então virá quente e fervendo, ganhando a federal ou perdendo ao governo. Teremos
um grande confronto em 2028.
A volta dos punidos
Aos
poucos, ex-deputados federais punidos pela justiça estão de volta as lides políticas
rondonienses. Sem dúvidas, os mais conhecidos são Natan Donadon (Vilhena) e Nilton
Capixaba (Cacoal) que disputam o controle de partidos nanicos. Mas outras
lideranças, outrora também relevantes, como o ex-senador Ernandes Amorim (Ariquemes)
também estão de volta disputando espaço nos seus respectivos municípios. Ex-presidentes
da Assembleia Legislativa que foram presos tem parentes disputando eleições no
ano que vem. Se conquistarem elegibilidade, Natan e Capixaba seriam ainda
fortes postulantes em suas regiões, o cone sul rondoniense a região do café.
A guerra do lixo!
Por
muito tempo ficará na memória dos portovelhenses a guerra do lixo depois de
idas e vindas na justiça entre as duas empresas que disputam o rico segmento.
No estágio atual da peleja, um grupo de vereadores, torcedores da Marquise – que
reconheçamos prestou bons serviços no exercício do seu contrato – defendem a extinção
do compromisso com a empresa eco-sucessora que bagunçou de vez a coleta na
capital e nos distritos. A atual concessionaria conta com apoio do atual prefeito
Leo Moraes (Podemos) e tenta resolver a encrenca através da contratação de mais
servidores para atender a demanda. A coisa ainda vai longe.
A batalha dos clãs
Os
clãs políticos vão definindo seus candidatos para as eleições do ano que vem.
Em Rolim de Moura e Zona da Mata, o clã Cassol terá a ex-deputada federal Jaqueline
na disputa de uma cadeira a Câmara dos Deputados. Na mesma região, extensiva a região
do Café, o clã Fúria terá Joliene na mesma peleja. No Cone Sul rondoniense, o clã
Donadon conta com o ex-deputado Natan para voltar a Câmara dos Deputados. Na mesma região o clã
Neiva de Carvalho, com Viveslando no mesmo segmento. Cacoal, Rolim de Vilhena
se dilacerando em processo de canibalização, já que Expedito Junior se decidiu
entrar na mesma parada.
Via Direta
*** E os poderosos chefões do Comando
Vermelho estão sendo transferidos para os presídios federais. Uma destas
unidades infelizmente, está situada em Porto Velho. Nossa penitenciária já abrigou as principais
celebridades criminais de nosso País, como Fernandinho Beira Mar *** Proporcionar CNH
sem o devido aprendizado das autoescolas é um grave equívoco deste governo
federal. Se o transito nas cidades brasileiras já é uma balburdia, imaginem com
mais motoristas inabilitados perambulando por aí *** A proposta da direita no Congresso era isolar a Policia Federal nas
investigações das facções criminosas. Mas arrependeu-se e corrigiu a situação.
Em tempo.
Quinta-feira, 13 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)
Os políticos rondonienses apoiam os garimpeiros nas suas lutas em permanecerem nos garimpos
Fazer sentidoLogo o petróleo será apenas uma página virada na história. Custará muito caro extraí-lo em relação ao benefício de seu uso, pois formas

Os vereadores de Porto Velho estão extremamente desgastados com o eleitorado
Combater a escuridãoSensação de insegurança, basicamente, é o que acontece com quem está em rua deserta e escura, onde o poder público não chega e

E muito balão de ensaio rolando nos bastidores políticos de Rondônia
Negociar e vigiarO que significou a mobilização de mais de 10 mil militares na Operação Atlas, a maior já feita pelas Forças Armadas brasileiras, e

A tradição dos governadores se elegerem ao Senado em Rondônia
Era um planoPoderia ser um filme de James Gray, que em 2017 entregou ao público “Z – A Cidade Perdida”, sua versão da intrigante expedição do explor
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