Terça-feira, 9 de abril de 2024 - 07h55

A
ciência está prestes a fazer um acerto de contas entre o passado e o presente
amazônico, para assegurar a obtenção do melhor que a floresta pode proporcionar
e evitar os acidentes de percurso ocorridos, que levaram uma região rica e
próspera à situação de selvageria e pobreza que se tornou um dos freios
crônicos ao desenvolvimento do Brasil.
O
acerto de contas começa com a catarata de pesquisas feitas nos últimos anos,
levando à certeza de que já havia civilização na área há 13 mil anos, com pelo
menos 8 mil anos de economia ativa e uma população similar à de Portugal antes
que os europeus viessem e causassem o misto de tragédia humana e ambiental que
resultou no prolongado e improdutivo domínio ibérico.
As
revelações arqueológicas apontam para uma Amazônia pré-colombiana com poderosa agrobiodiversidade
e produção abundante, para uso exclusivo do mercado interno, o que significa,
no mínimo, uma região sem fome e uma população saudável. Caberá à ciência
retomar o melhor ciclo e evitar as causas da ruína e da decadência, sobretudo
pelos instrumentos de pesquisa e pela política, que precisa ser a ação superior
do gênio humano e não ringue de trogloditas com sede de sangue. O general João
Figueiredo prometeu prender e arrebentar quem fosse contra a democracia, mas
talvez seja melhor pacificar a sociedade por uma pauta mínima de soluções em
benefício de todos.
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Cenário indefinido
Já
com a maioria das candidaturas a
prefeitura de Porto Velho postas para as convenções partidárias, algumas
lançadas para negociar vices, ainda temos algumas indefinições para compor o
quadro do cenário eleitoral. A principal delas é a definição do ex-deputado federal,
o atual diretor do Detran Leo Moraes (Podemos) que passa a ser, com a
desistência de Fernando Máximo, o nome mais vitaminado para polarizar a eleição
com a candidata super chapa branca Mariana Carvalho (União Brasil) nas eleições
de outubro. Se ele não sair os governistas acreditam em vitória da ex-deputada
ainda em primeiro turno.
As escalações
Com
alguns postulantes ficando pelo meio do caminho, como Fernando Máximo e Marcelo
Cruz, salvo novas alterações no cenário da capital, já estão acertadas para as
convenções de julho os nomes de Vinicius Miguel (PSB), Euma Tourinho (MDB),
Ricardo Frota (Novo), Benedito Alves (Solidariedade), Samuel Costa (Rede). Para
se definir, Leo Moraes (Podemos). Mas a lista pode ser ampliada com nomes do
PSD de Expedito, PT de Fátima Cleide, PL de Marcos Rogério. Ou seja, teremos em
2024 um recorde histórico de candidaturas e com isto a possibilidade ampliada
de eleições em dois turnos, mesmo sem Fernando Máximo, tal fragmentação de
votos.
Segundo turno
Falo
da possibilidade de eleições em dois turnos em Porto Velho em virtude do elevado
número de postulantes na peleja, da rejeição do voto evangélico em cima de
Mariana e também pelo interesse dos caciques políticos estaduais em sabotar o
projeto Hildon Chaves governador e Marcos Rocha senador em 2026. Uma derrota de
Mariana deixaria o projeto das duas principais lideranças da capital mais
fragilizado e ninguém vai facilitar as coisas para eles. Com certeza, Mariana
vai ser bombardeada e tratada a ferro e fogo pelos demais interessados ao CPA e
as duas cadeiras ao Senado na eleição 2026.
Bomba relógio
O Complexo
Popular Morar Melhor, na Zona Sul de Porto Velho, está se transformando numa bomba
relógio prestes a explodir e se tornar um mar de sangue. Com as facções
criminosas instalando escritórios do crime, montando julgamentos do tribunal do
crime, com acolhimento de presidiários foragidos do Acre e de Ariquemes e mais
recentemente os piratas do Rio Madeira oriundos do Amazonas e do Pará, o complexo
habitacional acabou virando num inferno para seus moradores, muitos despejados
pelos facionados para seus apartamentos serem vendidos ou para serem ocupados
por comparsas.
Ocupando o pódio
O
conjunto Morar Melhor, com saídas estratégicas em matas próximas já está ocupando
o pódio entre as comunidades populares, como do Orgulho Madeira, Porto Madero e
Cristal da Calama, igualmente infestados de ladrões de fiação elétrica, motos,
negócios de drogas, entre tantos outros malfeitos promovidos pelas organizações
criminosas. Logo, logo Porto Velho estará, como o Rio de Janeiro, com grande
parte do estado dominado pelas facções e aonde nem governador nem prefeito
apitam nadica de nada. É realmente uma situação apavorante, pois os assaltos já
acontecem de dia e as dúzias nas várias regiões da cidade.
Interesses dispares
Acompanhando
a situação das eleições na capital também é possível verificar o movimento das
peças em direção as eleições estaduais em 2026. Temos jogo bruto a caminho. De
um lado, o ex-governador Ivo Cassol já mostrando suas garras afiadas, de outro
o vice-governador Sergio Gonçalves, com as asas crescidas já entrando em campo.
E temos o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves já em ritmo de interiorização
para a disputa, além do candidato dos bolsonaristas Jayme Bagatolli. Uma peleja
sensacional pela frente e os grupos políticos já se organizando tendo as eleições
municipais neste momento priorizadas.
Via Direta
*** Dos prefeitos atuais em Rondônia, o
nome considerado mais favorito no interior do estado rumo a reeleição é o talentoso Adailton
Furia, em Cacoal que tem pretensões estaduais no pleito 2026 *** Outros prefeitos em condições
de se reeleger já cumpriram duas gestões, como Alex Textoni em Ouro Preto do Oeste
e Hildon Chaves em Porto Velho e não poderão disputar mais reeleições *** E também temos os casos de prefeitos
afastados e dependentes de soluções com a justiça, como em Guajará Mirim para
voltarem ao jogo ***As eleições
municipais prometem disputas encarniçadas em cidades onde as oposições jogam
pesado, casos de Ariquemes, Guajará Mirim e Vilhena.
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