Segunda-feira, 1 de abril de 2024 - 08h00
A
percepção de que havia uma Amazônia anterior ao domínio ibérico cresce a cada
descoberta feita por cientistas aparelhados pela tecnologia, mas ainda vai
tardar até que a simples percepção se torne uma convicção. Esta depende do acerto
de contas entre o passado histórico, descrito nas crônicas e livros antigos, e
o passado real dos povos amazônicos. Há, porém, desenhos de que a convicção do
papel dos povos da floresta na construção de seu futuro se dará via
protagonismos crescentes em todos os setores.
Já
se observa a atenção mais respeitosa com o conhecimento antigo dos diversos
povos pela checagem do que há de relevante nos hábitos, lendas e práticas
populares. A medicina é um dos campos em que mais o acerto de contas progride,
mas há um setor em que os ganhos tendem a ser rápidos, por não requerer
investimentos tão elevados quanto a infraestrutura, que exige mundos e fundos.
Trata-se do turismo.
Com
investimentos pontuais e ajustes simples será possível fazer o turismo amazônico
progredir em escala geométrica. Nesse sentido, faz parte do desenho da
bioeconomia regional a criação da primeira agência indígena de etnoturismo,
criada pelo povo Paiter Suruí. O espaço turístico Yabnaby, que projeta a ideia
de uma aldeia global a partir da aldeia real, tem um potencial imenso e dá
visibilidade e valorização ao Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio). O
caminho existe e é preciso andar por ele.
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BR 319, 48 anos
O
Parlamento Amazônico e o Grupo de Trabalho formado pela Câmara dos Deputados
projetam uma nova Marcha a Brasílias pela reconstrução da BR 319, que conecta
Porto Velho à Manaus, em cujo meião estão as principais barreiras para sua recuperação,
onde se formam enormes lamaçais durante o inverno amazônico. A rodovia acaba de
completar 48 anos de sua construção e com o passar dos anos foi se deteriorando
até ficar intransitável na estação das chuvas. Parlamentes estaduais e federais
vão se unir nesta marcha buscando agilizar os processos e ambientais ainda
travados.
As articulações
A
esquerda rondoniense começa a discutir um projeto para eleger representantes na
Câmara de Vereadores de Porto Velho e possivelmente indicar um candidato à
prefeitura da capital. PSOL, PC do B, PSTU e a Rede de Sustentabilidade planejam
discutir chapas competitivas para a esquerda voltar a ser protagonista nas
eleições locais. Até recentemente o PC do B se articulava bem nas eleições na
capital e até mesmo em alianças de apoio a candidatos a vereança. De um tempo
para cá os comunistas acabaram se apagando e seus dirigentes escanteados das
principais pelejas eleitorais,
Força Nacional
O Ministério
da Justiça acabou retirando a Força Nacional em Mossoró depois de uma caçada infrutífera
aos dois fugitivos do Presídio federal que deram um baile nas autoridades de
segurança. Foi gasto uma fortuna com a incompetência da administração do Presidio
Federal que era considerado de segurança máxima, mas aonde os presidiários
fugiram com extrema facilidade. O Brasil está perdendo a guerra contra o crime
organizado cujos tentáculos se expandem a partir dos morros do Rio de Janeiro,
para os morros de Salvador, da Baixada Santista e já atua nos complexos habitacionais
de Porto Velho, Rio Branco e Manaus.
A reabilitação
Nas
eleições municipais 2024, o PSDB outrora poderoso com o presidente Fernando Henrique, Mario Covas e
tantos expoentes tucanos em desgraça atualmente como os ex-governadores de Minas
Gerais o Aécio Neves e Beto Richa do Paraná, buscará a reabilitação depois de
ter perdido espaço para os partidos bolsonaristas e praticamente ter se transformado
numa legenda nanica. Atualmente o partido
só tem dois prefeitos nas capitais que são Hildon Chaves em Porto Velho e
Cintia Ribeiro em Palmas. E a municipalidade mais importante do País, São Paulo,
conquistada em 2020, também foi perdida com a morte do prefeito Bruno Covas.
A ressurreição
Embora
seja um líder incontestável no segmento conservador, é um desafio para o ex-governador
Ivo Cassol, presidente estadual dos Progressistas ressuscitar o partido em Rondônia,
ainda mais em Porto Velho onde sua popularidade é bem inferior à do interior do
estado, onde segue firme e forte. Ocorre que boa parte dos quadros do PP
abandonou a legenda para se integrar a siglas bolsonaristas. Resgatar tudo
isto, num estado claramente conservador – mesmo ele sendo do mesmo segmento –
será difícil, pois o setor está hoje mais atrelado aos senadores Marcos
Rogério, Jaime Bagatolli e o deputado federal coronel Chrisostomo e cia.
Via Direta
*** O prefeito Hildon Chaves (PSDB) articula
uma super chapa de candidatos a vereadores para dar sustentação a sua ungida Mariana
Carvalho (Progressistas) na disputa da prefeitura de Porto Velho *** Para tanto, destacou
vários secretários do seu primeiro escalão para entrar na peleja *** Os atuais vereadores não gostaram nem
um pouquinho do anuncio da nova concorrência *** Trocando de saco para
mala: até agora nenhuma solução para o prosseguimento das obras do Heuro
hospital na Zona Leste ***. O povão paga
o pato pelo governo de Rondônia ter
contratado empreiteira enrolada e com maus antecedentes para uma obra de tal
envergadura *** Até quando?
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