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Carlos Sperança

Na região amazônica, a maioria dos governadores deixa o cargo em abril


Na região amazônica, a maioria dos governadores deixa o cargo em abril  - Gente de Opinião

Indo por terra

A tal “química”, que segundo o astuto presidente Donald Trump rolou entre ele e o presidente Lula da Silva, foi levemente modificada pelo brasileiro, que mudou a emoção surgida entre os dois para “petroquímica”. Se alguém disser que o entendimento entre os dois vai cair por terra também estará certo, pois de fato os EUA têm um agudo interesse não só na fabulosa reserva de petróleo da Margem Equatorial, que se espera similar ao ótimo óleo venezuelano, mas também nas terras raras, reservatórios minerais dos quais o Brasil é o segundo maior detentor.

O nacionalismo é a ideologia mais desmoralizada do mundo. Os norte-americanos que tiveram o café da manhã brutalmente encarecido pelas injustificadas tarifas impostas aos produtos brasileiros se sentiriam mais confortáveis com um mundo em que valessem mais as normas mundiais de convivência que sofrer em nome de bandeiras agitadas por governantes interesseiros. Um mundo necessariamente mais justo, em que os preços fossem natural e livremente estabelecidos pelo mercado, cabendo às organizações internacionais de comércio e aos estados nacionais estabelecer regras justas para as transações e combater a pirataria.

As terras raras vão sepultar o que ainda resta do nacionalismo brasileiro depois que EUA e China praticamente arremataram o petróleo a ser extraído na Margem Equatorial. Sozinho, o Brasil vai continuar rico em potencial, mas de bolsos vazios.

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Levou um pé!

Como já foi repercutido pelos sites, a ex-deputada federal Jaqueline Cassol (PP) anunciou sua separação, depois de onze anos casada com o jornalista e atual secretário da Agricultura Luís Paulo que fazia sua carreira política na aba da irmã do ex-governador Ivo Cassol. Com a ruptura, Luís Paulo pode prejudicar sua carreira na conquista uma cadeira a Assembleia Legislativa, já que seu propósito era ancorado no prestígio da família Cassol. Levando um pé, Luís Paulo terá dificuldades de se firmar até no cargo que ocupa no governo estadual. Mas uma coisa é possível reconhecer: Luís Paulo vinha bem na pasta da agricultura. Entrou desacreditado e ocupou seu espaço.

A mesma língua

Só será possível combater o narcotráfico, por terra, mar e ar, como deseja o vice-presidente Geraldo Alckmin, se a União, estados e municípios falarem a mesma língua. No próprio evento ocorrido no Rio de Janeiro, quando o governo carioca desferiu um grande golpe no Comando Vermelho, a esfera federal não participou e inclusive protagonizou desentendimento entre suas esferas de segurança pública. Para asfixiar o narcotráfico e as fações criminosas o governo federal e os estados precisam asfixiar os criminosos no ninho, ou atuando com mais vigor nas fronteiras. Não é o que está ocorrendo. As diferenças políticas e ideológicas têm prejudicado ações mais efetivas.

Plano Diretor

A partir de hoje, a prefeitura de Porto Velho começa se organizar tendo em visita a 2 Conferência Municipal de Acompanhamento para o Plano Diretor Participativo. A municipalidade quer atualizar o planejamento, ouvindo a população, como já ocorreu na gestão anterior, com o então prefeito Hildon Chaves. Temas como mobilidade urbana, adequação do uso do solo, respeitando os vales e os recursos hídricos, expansão urbana, regularização fundiária, adensamento demográfico urbano, entre outros temas importantes serão discutidos com a população para serem incluídos no plano diretor da capital.

Os dinossauros

Os dinossauros da política rondoniense, que já brilharam em décadas passadas, estão ajeitando as botinas para correr trecho pelo estado em busca de votos. São setentões e oitentões buscando cargos legislativos, principalmente a Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa. No plano federal, cogitam-se os nomes do ex-senador e ex-ministro Amir Lando (Porto Velho), ex-senador e ex-deputado estadual Ernandes Amorim (Ariquemes), ex-deputado e ex-prefeito Carlos Magno (Ouro Preto do Oeste) Zequinha Araújo, ex-vereador e ex-deputado estadual (Porto Velho), a ex-vereadora e ex-prefeita Joselita Araújo (Ouro Preto do Oeste), entre tantos outros nomes ventilados.

Na Amazonia

Na região amazônica, a maioria dos governadores deixa o cargo em abril para se desincompatibilizar e disputar cadeiras ao Senado. São os casos de Helber Barbalho, no Pará, Gladson Camelli, no Acre, Coronel Marcos Rocha em Rondônia e Wilson Miranda, no Amazonas. Todos seguirão amiguinhos dos vices que continuarão nos cargos, mas usando as máquinas governamentais em favor dos futuros ex-governadores. Mas em Rondônia as coisas ainda não estão bem definidas entre Marcos Rocha e seu vice Sergio Gonçalves. Não se sabe quem está apunhalando quem nestas paradas.

Nas pesquisas

Dois governadores da região abrem a jornada para 2026 ao Senado liderando com folga as pesquisas eleitoais. São os casos de Helder Barbalho, aliado do presidente Lula no Pará, e de Gladson Camelli, mandatário ligado ao bolsonarismo, no Acre. Em Rondônia as pesquisas andam embaralhadas, já que os atuais senadores Marcos Rogério (PL) e Confúcio Moura (MDB) também falam em disputar as duas cadeiras ao Senado contra o atual governador Marcos Rocha. Tradicionalmente as forças conservadoras tem vencido aas eleições em Rondônia, mas neste ano a esquerda unida as forças de cento esperam reverter a situação.

Via Direta

*** Repercutem os casos das rachadinhas na Câmara de Vereadores de Porto Velho e na Assembleia Legislativa. Como sempre os envolvidos apostam na impunidade e a coisa vai se prolongando anos a fio *** De um lado se fala na grande prosperidade da capital rondoniense, de um outro se constata o aumento geométrico de famílias revirando lixo em busca de comida nas ruas e avenidas centrais de Porto Velho *** Em Ariquemes o transloucado deputado federal Rafael Fera prepara suas garras para disputar a prefeitura local nas eleições municipais. É um genérico do Amorim, nos seus tempos de oposição.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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