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Carlos Sperança

Desunião geral + Outro cenário + Baita ingrato + Poder feminino


Desunião geral + Outro cenário + Baita ingrato + Poder feminino - Gente de Opinião

Desunião geral

Já são visíveis os males causados pela polarização político-eleitoral. Nos EUA, de onde foi copiada, um ano depois da criminosa invasão do Capitólio a nação continua dividida. Ainda sem sucesso, o presidente Joe Biden tenta desviar a atenção das brigas internas para a união nacional em torno de questões como a Ucrânia, frente à Rússia, e a guerra comercial com a China.

No Brasil, ao contrário, não há nenhuma tentativa de unir a nação para enfrentar a crise nacional, que combina caos na saúde com economia estagnada, meio ambiente ao deus-dará e tragédias climáticas, com seca no Sul e enchentes acima. A desunião aparece até nas bolhas: o bolsonarismo lava-jatista se agride com a ala pró-Centrão enquanto no lulismo uns defendem o ex-tucano Geraldo Alckmin como vice-presidente e outros manifestam horror à chapa, que lembra a dupla Dilma-Temer.

Não há sinais de que a união vá prevalecer sobre a polarização e sua fábrica de inimizades e insultos se até os cientistas, os mais prejudicados pelas fake news e as teorias da conspiração, começam a se dividir. Como acontece com muita constância, a causa é a Amazônia: físicos e meteorologistas defendem visões opostas quanto às mudanças na floresta. Basicamente, os físicos se baseiam em leis naturais e os meteorologistas na observação dos fenômenos. Que estejam apenas debatendo e não se agredindo como feras sedentas de sangue já é um consolo.

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Outro cenário

No auge da popularidade do presidente Jair Bolsonaro, por ocasião da inauguração da ponte sobre o Rio Madeira no distrito de Abunã em Rondônia, o ex-governador Ivo Cassol (PP) compareceu ao evento pedindo penico ao mandatário, mostrando-se um devoto ao bolsonarismo. Algum tempo depois, com Bolsonaro já caindo nas pesquisas e ele, Cassol, considerado franco favorito para se eleger governador em Rondônia, já vê a sua ligação com o presidente de outra forma. “Agora é ele que precisa de mim em Rondônia, não eu dele”, conforme disse ao site Painel.

Toda razão

Embora a declaração do ex-governador Cassol pareça arrogante, ele tem toda razão na sua análise do atual contexto político. Bolsonaro caiu muito em Rondônia e além disto o presidente tem dois nomes preferenciais para apoiar em nosso estado, que são o atual governador Marcos Rocha (União Brasil), seu companheiro de caserna e o senador Marcos Rogério (PL), que já demonstrou fidelidade canina ao mandatário no Congresso Nacional. Não bastasse, Bolsonaro é mais infiel politicamente que Dalila, aquela personagem bíblica que apunhalou Sansão. Por conseguinte, Ivo não tem porque bajular o mito.

Baita ingrato

Além do mais o presidente Jair Bolsonaro tem se demonstrado um baita ingrato com seus fiéis aliados. Vários generais e companheiros de primeira hora de sua campanha de 2018 foram banidos do seu governo. O senador Marcos Rogério, por exemplo, que se dedicou inteiramente a defesa do presidente e da sua família na CPI do Covid chegou a receber sinais do Palácio do Planalto que poderia ser apontado para um Ministério –chegou a ser ventilado o Ministério a Amazônia – ou ministro do Supremo. No final recebeu brisa em reconhecimento. E em Rondônia o presidente está próximo de anunciar o apoio ao atual governador Marcos Rocha

Finalmente!

Quase oito anos depois da enchente histórica que causou graves prejuízos para Porto Velho e seus distritos e até a região do Acre que teve interrompida sua ligação com o resto do pais, a União está cumprindo aquele compromisso do alteamento da BR 364 nos trechos que foram interrompidos pelas águas do Rio Madeira. A bem da verdade poucos compromissos assumidos foram efetivados pelo governo federal, pois até os dias de hoje os núcleos urbanos de Calama e São Carlos não foram reconstruídos e as ruas e avenidas da capital rondoniense que seriam levantadas, continuam na mesma.

Poder feminino

Pelo elevado número de mulheres disputando cargos eletivos em Rondônia, a tendência é o segmento feminino criar asas e ampliar sua representatividade na Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados na eleição de 2022. Vejam como estão concorridas as vagas a Câmara dos Deputados, pois além as atuais deputadas Jaqueline Cassol (PP-Cacoal), Silvia Cristina (PDT-Ji-Paraná) e Mariana Carvalho (PSDB-Porto Velho), podem entrar nas paradas Cristiane Lopes (União Brasil -Porto Velho), Rosária Helena (PP- Ouro Preto do Oeste), Yeda Chaves (PSDB-Porto Velho), Fátima Cleide (PT-Porto Velho), entre outros nomes relevantes já cogitados.

 

Via Direta

*** As últimas chuvas além de causar transtornos com os alagamentos nos bairros situados nas regiões mais baixas de Porto Velho provocaram danos nas ruas e avenidas recapeadas pela administração do prefeito Hildon Chaves (PSDB) *** Não bastasse o erário padece com os buracos efetuados pela Caerd nas ligações domiciliares de água. Como a companhia demora para os devidos reparos, as crateras acabam se proliferando pela cidade *** Os vereadores de Ji-Paraná, candidatos a Assembleia Legislativa  devem ter festejado a desgraceira do deputado Jonhy Paixão investigado pela Polícia por rachadinha e superfaturamento em emendas parlamentares além da contratação de funcionários fantasmas *** Com certeza teremos mais deputados estaduais envolvidos na mesma toada. Passam as legislaturas e os velhos problemas ressurgem.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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