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Carlos Sperança

A união da nação + Baita ginástica + Aliança rompida + A canibalização


A união da nação + Baita ginástica + Aliança rompida + A canibalização - Gente de Opinião

A união da nação

O mais grave problema da polarização política é dividir e enfraquecer a nação. Ocorre então o culto às personalidades dos candidatos a salvadores da Pátria, que excluem os “outros” (eles) e beneficiam os “nossos”. Com a premissa errada – pois uma nação deveria estar unida para enfrentar problemas cruciais – tudo o mais degringola. É o que ocorre hoje em vários setores.

As políticas de Estado se reduzem a objetos da vontade do líder, que as ignora ou privilegia de acordo com os interesses de sua seita, família ou partido. As energias do povo são sufocadas e se exaurem em brigas e ofensas. O atraso permanece e as políticas públicas se esvaziam na bajulação dos favorecidos e queixas dos prejudicados. Não se trata mais do conjunto nacional, mas de “quem” fez ou deixou de fazer.

O sério problema do desmatamento também virou derivação do culto às personalidades. Piorando à medida que as políticas de Estado são contornadas por vontades sectárias e muita propaganda, o alvo da vez é o presidente Jair Bolsonaro. Ele assumiu para si o bem e o mal do governo, e o mal, neste momento, é a combinação de crises que levou o Brasil às cordas.

A rigor, não importam as estatísticas de desmatamento menor com Dilma Rousseff e Michel Temer e maior que o de Bolsonaro sob Lula e FHC. Importa é se a nação vai se unir para enfrentar o problema, que ameaça o Brasil e a humanidade.

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Baita ginástica

O senador Marcos Rogério (PL) cotado como um dos favoritos para a eleição do CPA Rio Madeira, sede do governo estadual de Rondônia, terá que desenvolver uma boa ginástica na sua campanha. Teve que aceitar goela abaixo Jayme Bagatolli, bolsonarista raiz, como candidato ao Senado do partido em detrimento do seu fiel escudeiro Expedito Junior. O desafio dele será apoiar Expedito – um nome expressivo da política regional - em outra legenda sem enfrentar rachas na sua base. Uma ginástica que também terá que ser desenvolvida em Porto Velho com os bolsonaristas locais.

Aliança rompida

Tudo corria bem para Marcos Rogério (Ji-Paraná) desembarcar na corrida sucessória estadual com toda força. Ele seria candidato a governador, Mariana Carvalho (Porto Velho) a vice, contaria com o apoio do prefeito Hildon Chaves e sua esposa, então tucana,  concorrendo a Assembleia Legislativa, sendo o candidato desta aliança ao Senado, o ex-senador Expedito Junior (PSD). Mas a coalizão foi rompida e Marcos Rogério perdeu esses quadros para o candidato rival, o governador Marcos Rocha. A capital então virou um campo minado para Marcos Rogério, já que em Porto Velho, existe uma clara preferência para o candidato local, Leo Moraes (Podemos).

Três nomes

A Frente de Esquerda, que une nove partidos em apoio à candidatura a presidência de Luís Inácio Lula da Silva, vai as convenções no meio do ano com três nomes para disputar o governo de Rondônia e só um deles terá as bênçãos do ex-presidente. São Daniel Pereira (Solidariedade), Anselmo de Jesus (PT) e Vinicius Miguel (PSB-Porto Velho). Com o candidato escolhido, quem sobrar pode se tornar postulante a vice ou candidato ao Senado ou a uma cadeira a Câmara dos Deputados. Os movimentos de campanha ainda são tímidos, com apenas Pereirinha correndo trecho e alfinetando o atual governador.

A canibalização

Temos uma verdadeira canibalização na disputa as cadeiras a Câmara dos Deputados em Porto Velho, que fecha com eleitorado de cerca de 350 mil eleitores para as eleições de outubro, mas com excesso de postulações. Só na aliança do governo Marcos Rocha, temos nomes do porte de Cristiane Lopes, Fernando Máximo e ex-diretor do DER Elias Rezende, Mauricio Carvalho, Evandro Padovani, Breno Mendes, espalhados por agremiações bolsonaristas. Na oposição estadual temos o deputado federal Chrisostomo (PL) o deputado federal Mauro Nazif (PSB), o deputado federal Expedito Neto (PSD) e ainda o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Ji-Paraná Jesualdo Pires com base estendida na capital.

Na capital da BR

Este problema de fragmentação de votos nos principais polos regionais prejudica a eleição de representantes locais. Veja o caso de Ji-Paraná, onde os atuais deputados Laerte Gomes e Jonhy Paixão, terão a concorrência de nomes expressivos, que vão desde o ex-vice- governador e ex-deputado estadual Ayrton Gurgacz, ao atual presidente da Câmara de Vereadores Junior Negão, filho do  prefeito da capital da BR. E temos novas lideranças eclodindo em Ji-Paraná em condições de destronar os dois atuais representantes da cidade no parlamento estadual e uma delas é Julian Cuadal, que foi candidato do PDT a prefeito em 2020.

 

Via Direta

*** Tratando-se do Cone Sul Rondoniense no que se refere ao cenário eleitoral 2022, o desafio é reeleger seus três representantes a ALE. Rosangela Donadon e Luizinho Goebel (Vilhena) e Ezequiel Neiva de Carvalho (Cerejeiras) *** Aparentemente os três estão bem postados na região e no caso de Luizinho ainda ampliando os redutos ano a ano. Difícil para a concorrência afastar os três parlamentares do poleiro no pleito deste ano *** No Vale do Jamari repleto de predadores, o deputado Geraldo da Rondônia já está sangrando com tanto desgaste provocado por suas ações transloucadas com assedio moral e sexual e tantas agressões e confusões que tem aprontado ** A última presepada foi incitar populares a queimar os veículos do Ibama na região de Rio Pardo e Jacinópolis. Naquela região uma simples faísca pode explodir em manifestações ruidosas.  

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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