Terça-feira, 9 de setembro de 2025 - 13h28
Artigo
que publiquei em 28 de
fevereiro no Blog do CHA apontava providencial alternativa capaz de
conquistar a opinião pública para o projeto de concessão da BR-364: a
antecipação das obras do Arco Norte do anel viário de Porto Velho. O desvio, de
34,5 km a partir do entroncamento com a BR-364 no km 693, pretende tirar o
tráfego pesado do centro urbano da capital, mas a precariedade do trecho, que
espera há pelo menos uma década pelo asfaltamento, não atrai os caminhoneiros.
Com
o título “Para
ilustrar as vivandeiras: uma contribuição ao debate sobre concessão da BR-364”,
o artigo defendia o leilão da rodovia, contra as investidas oportunistas da
bancada federal rondoniense: “Os insistentes, intempestivos e inócuos pedidos
de adiamento do leilão insistem em privilegiar a discussão do acessório, para
propor novas audiências públicas e condenar a cobrança de pedágio”.
“Ninguém
falou –
continuei - sobre a trafegabilidade da rodovia, que há muito já atingiu a
exaustão, com tendência a piorar. Pelas contas do Ministério dos Transportes,
perto de 12 milhões de toneladas de carga trafegaram por ela em 2024. Para este
ano, a se confirmarem as projeções do agronegócio, a produção deverá crescer
perto de 10%. Isso vai elevar para 13,2 milhões de toneladas o
volume transportado pela rodovia. Isso é carga para 231,58 mil caminhões tipo
bitrem, cada um com 57 toneladas de grãos”.
“De
qualquer forma –
observei - imagino que uma negociação bem conduzida possa resultar em
alterações no cronograma de obras estabelecido no projeto original da ANTT.
Como, por exemplo, antecipar a conclusão do Arco Norte. O contrato prevê prazo
até o sexto ano de vigência, mas o presidente Wagner N. Martins Jr., do
Consórcio Nova 364 já anunciou sua disposição de obedecer ao que sinaliza
estudo da Esauq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), da USP.
Em texto que publicou no Linkedim, Wagner Martins diz
que “Estudo da Esalq sinaliza a urgência dos avanços na intermodalidade
do transporte para o agronegócio, uma demanda explicitada no Arco Norte, do
qual o terminal hidroviário do Rio Madeira, em Porto Velho, faz parte. Neste
particular, a Rota Agro Norte, assumida pela Nova 364, vai revolucionar a
dinâmica do transporte de grãos na chegada até o porto.
Hoje, a infraestrutura é bastante precária e os
caminhões enforcam o trânsito em uma rota da BR-364 no município que compromete
também a eficiência dos serviços de saúde do município “- disse ele, em
referência ao acesso à região do Hospital de Base. - “Por isso” – continua ele
– “as obras de acesso ao Porto Novo são tão aguardadas. Serão 34,5 km de
construção de pista que compreendem o Expresso Porto do entroncamento com a
BR-364, no km 693, interligando a Estrada Penal RO-005 e o Terminal Bertolini
Cujubim e o Terminal Amaggi”.
“A produção de grãos, principal demanda do porto que
tem a BR-364 entre as rotas principais na região Norte, não para de crescer. E
a velocidade dos investimentos na infraestrutura logística não tem acompanhado
esta evolução, um fator limitante para alavancar ainda mais o agronegócio e
potencializar investimentos locais. O cenário é desafiador se considerarmos que
69% da carga de soja são movimentados por caminhões”.
O presidente do Consórcio observa
que “Em 13 anos, a participação dos caminhões no abastecimento de portos foi de
45% para 54%. Nesta mesma base, as exportações de soja, milho e farelo pelo
Arco Norte subiram a um patamar exponencial, de 12% para 35%, o que evidencia a
representatividade da BR-364 como um dos corredores vitais para a exportação de
grãos”.
“Diante deste sucesso, a Esalq
sugere a importância de investimentos nos eixos rodoviários, o que inclui as
vias secundárias de acesso. Lembro aqui que, além do Expresso Porto tão
aguardado, serão investidos R$ 12,8 bilhões pela Nova 364 não só em obras de
ampliação de capacidade, entre duplicações, faixas adicionais e dispositivos,
mas também em um suporte operacional que hoje faz muita falta para o
caminhoneiro, muitas vezes, deixado à própria sorte quando para na rodovia por
falha mecânica”.
Família Bolsonaro “dusted the thread” para Trump entender
“O tempo é senhor da razão, mas inimigo dos sonhos” – diz a sabedoria ancestral. Foi o que levou Bolsonaro à prisão domiciliar. Em um ato desespera
Prisão de golpistas no Brasil assusta Trump
E essa agora? Secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, diz que o Brasil pode ser atingido por novo tarifaço de Trump, agora de 100%. Ex-primeiro minist
Proparoxítonas a nobreza na ponta da língua
Tenho por hábito não reproduzir textos. Nem citações longas. Nada contra quem publica, como da própria autoria, textos alheios, com mudança do títu
“Congresso não vai perdoar se governo recorrer ao STF”
Calma lá! Não é de minha lavra o despautério aí de cima. Quem disse isso foi o imortal Merval Pereira, 75 anos, presidente da ABL e colunista de O