Quinta-feira, 17 de julho de 2025 - 15h35
E essa agora? Secretário-geral da OTAN, Mark
Rutte, diz que o Brasil pode ser atingido por novo tarifaço de Trump, agora de
100%. Ex-primeiro ministro da Holanda, Rutte é definido pelos apoiadores como
uma liderança pragmática, embora a maioria o considere meramente oportunista. A
ameaça feita ao governo brasileiro em reunião com congressistas dos EUA, como
forma de punir os países que compram petróleo da Rússia, aí incluídos China e
Índia.
Alguém deveria informar, a esse serviçal de
Trump, que os efeitos dessa nova taxação seriam rigorosamente nulos: os 50% do
tarifaço já inviabilizam qualquer perspectiva de vendas brasileiras para o
mercado americano. Não precisa mais. Claro que as ameaças do presidente laranja
podem ser revertidas. Não pelos esforços de negociação diplomática, embora
corretamente desenvolvidos pelo governo brasileiro, mas pelos danos que a
medida poderá acarretar ao bolso dos americanos.
É a única linguagem que o sujeito conhece. Os negociadores
brasileiros – Geraldo Alkmin à frente – sabem disso. Por isso estão envolvendo
os compradores nos EUA para que pressionem o sujeito. Quando ficar
impraticável, por exemplo, a importação de ferro gusa, placas e tarugos,
essenciais para as siderúrgicas e construção civil americana a chiadeira será
grande. Quando dobrar nos mercados o preço do café, do suco de laranja e da
carne, o americano médio vai urrar. Não por solidariedade ao Brasil ou aos
brasileiros, nem por Bolsonaro ou pela primeira emenda, mas pelo que reflete no
próprio umbigo.
Não encontrei, nos comentários de mais de uma
dezena de articulistas que acompanho, uma abordagem que considero bastante
plausível, sobre a verdadeira motivação de Donald Trump no episódio. Ele com
certeza não liga a mínima para Bolsonaro ET caterva. Nem para o Brasil ou os
brasileiros. O que o move é o resultado mais provável do julgamento do Supremo:
a prisão do ex-presidente e sua quadrilha. E o exemplo daquilo em que a justiça
brasileira pode inspirar o povo americano. Para Trump, um mau exemplo!
Afinal, ele ainda tem um encontro agendado com a
justiça americana para logo após o fim do mandato, pela tentativa de golpe que
resultou na invasão do Capitólio. Ou pela próxima tentativa. Ele já não
declarou repetidas vezes sua simpatia pela idéia de um terceiro mandato,
rigorosamente proibido pela legislação de seu país?
Daí tamanha admiração por Netanyahu e
Putim. Também por isso, tanto o assusta a perspectiva de uma derrota nas
eleições de meio do mandato, em novembro de 2026, para renovação do parlamento.
Se o modelo brasileiro de mandar para a cadeia os golpistas pegar nas terras do
Tio Sam a coisa fica feia. Pelo sim, pelo não, as novas investidas do governo
americano contra o Brasil igualmente apontam nessa direção. Trump pode estar em
busca de argumentos comerciais para dissimular suas reais intenções golpistas.
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