Sexta-feira, 30 de maio de 2025 - 08h08
É
uma infantil ilusão supor que bastará maquiar os trajetos a ser percorridos
pelos participantes da COP-30, em novembro, para transmitir a ideia de que tudo
anda bem na Amazônia. Eles já acompanham as notícias sobre a região e as boas
continuam soterradas pelas duvidosas e as ruins.
Entre
as boas está o desenvolvimento da hidrogenação do dióxido de carbono (CO2),
um dos principais gases de efeito estufa, técnica que tem a qualidade de
transformá-lo em produtos químicos e combustíveis renováveis, dentre os quais o
metanol, utilizado para vários fins. A notícia é tão boa que se trata,
simplesmente, de transformar um grande vilão em herói.
Tomara
essa notícia produza bons frutos até novembro, para equilibrar o impacto das
péssimas notícias, dentre as quais a presença inquietante de grupos armados e a
crescente exploração petrolífera na região, com os riscos que o descuido com a
atividade extrativa apresenta para a qualidade do meio ambiente.
A
noção vulgar de que qualquer um que se julga prejudicado tem o direito de se
armar para se defender logo descamba para a formação de quadrilhas, seitas
violentas e milícias. Seria mais uma ilusão infantil supor que o Estado pode
garantir “liberdade” a desordeiros e criminosos que se julgam no direito de espalhar
doenças e semear o medo entre os povos da floresta. A cada ação corresponde uma
reação que nem sempre acaba em boa notícia.
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Tem atrasos
O governador
Marcos Rocha e o vice Sergio Gonçalves exaltam os avanços e a excepcional
situação da economia rondoniense. Mas de outro lado, temos empresas terceirizadas,
prestando serviços a esfera estadual reclamando de atrasos nos pagamentos. Algumas
estão com dois meses de atrasos e alguns trabalhadores estão reclamando da
situação vigente, já que dependem dos seus salários para sobreviver e estão penalizados
pela situação, atrasando as contas de água e energia. O que será que está
acontecendo: a economia está mesmo bombando
ou as terceirizadas recebendo e caloteando seus funcionários?
Sinais emitidos
Pelos
sinais dos caciques políticos, a sucessão estadual em Rondônia está deste
jeitinho: 1- O ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) não arreda pé,
ou seja, é candidato ao governo estadual 2- O vice-governador Sergio Gonçalves
(União Brasil), depois de obter apoio de um grupo de deputados estaduais, já
tem até uma equipe de marketing trabalhando na sua candidatura à sucessão do
governador Marcos Rocha 3- O senador Marcos Rogério (PL) está montando sua
chapa para a disputa do Palácio Rio Madeira 4 – O senador Confúcio Moura (MDB)
mobiliza as foças do centro e esquerda para a disputa estadual 5 –O prefeito de
Cacoal Adailton Fúria (MDB) começa a correr trecho para viabilizar sua candidatura
ao CPA.
Os balões de ensaio
Também
existem os balões de ensaio em andamento para a peleja estadual do ano que vem.
O primeiro deles é o eventual lançamento de nomes do baixo clero para a disputa,
como Thiago Flores e Dr. Camargo. Também não passa de balão de ensaio a postulação
do ex-governador Ivo Cassol, já que se encontra inelegível e esta condição não
foi modificada perante as instâncias eleitorais. O deputado federal Fenando Máximo
está fora deste páreo da disputa ao Palácio Rio madeira e já planeja uma
disputa ao Senado. No momento ele define a sua melhor alternativa.
Todos conversando
O
que se vê neste início da jornada para as eleições 2026 é que todos estes
possíveis candidatos estão conversando entre si. O ex-prefeito de Porto Velho Hildon
Chaves já visitou o ex-governador Ivo Cassol, o senador Confúcio Moura mantém
conversações com demais oponentes, Adailton Fúria visita outros protagonistas
visando composições e assim por diante. Mas até agora nenhuma aliança ficou
resolvida porque nenhum destes candidatos abdica da cabeça de chapa. Quando
tratados ou convidados eventualmente para serem vices dão patadas nos
visitantes. É coisa de louco!
Pé de guerra
O
tratamento dispensado pelos senadores Marcos Rogério (Rondônia) e Plinio
Valério (Amazonas) a ministra do Meio Ambiente Marina Silva durante audiência
da comissão de infraestrutura no Congresso Nacional, ainda rende nos bastidores
e em articulações políticas. A mulherada (principalmente dos partidos mais à
esquerda) se articula para causar embaraços aos representantes conservadores.
Grave mesmo é o senador Plinio Valério (PSDB) falando em enforcar a ministra.
Marcos Rogério foi mais contido, embora áspero, em jogar para a plateia
rondoniense, onde a ministra não é bem-amada.
Via Direta
*** O prefeito de Cacoal Adailton Fúria
(PSD) voltou a se entusiasmar com a possibilidade de disputar o governo
estadual nas eleições do ano que vem *** Já começou a correr trecho, escoltado pelo
seu fiel escudeiro, o ex-senador Expedito Junior *** Ele também está empenhado em eleger sua esposa, Joliane a uma
cadeira a Câmara dos Deputados *** A velha guarda volta as pelejas eleitorais.
O ex-prefeito e ex-deputado Carlos Magno, disputando uma cadeira a Assembleia
Legislativa, o ex-senador Amir Lando buscando uma vaga a Câmara dos Deputados,
o ex-prefeito de Ariquemes Ernandes Amorim a uma cadeira a Assembleia Legislativa
*** Até agora estamos poupados das
queimadas em Poro Velho. Será que em junho o bicho pega?
A aprovação de Rocha e a tradição de elegerem governadores ao Senado
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