Sexta-feira, 12 de setembro de 2025 - 08h14
Focando
a passagem da década anterior para esta, o livro Banzeiro Ò Kòtó, da
documentarista Eliane Brum, pode ser visto como o retrato das esperanças dos
ambientalistas de que a proteção da floresta pudesse se tornar uma ideia-força
vencedora. A ideia vencedora, como já se assiste com a reversão de expectativas
da Lei Geral do Licenciamento Ambiental, é que o progresso justifica a
degradação, amenizada eventualmente nos casos mais graves por leis reguladoras
e programas regenerativos.
O
livro propõe a escolha entre a vida e a morte: “O futuro depende da nossa
capacidade de transformar radicalmente o modo como nossa espécie se coloca em
relação a si mesma e ao que chama de natureza”. Transformação que viria ao cabo
de uma a guerra climática por sobrevivência que envolvesse a política, daí a
criação do movimento “Amazônia Centro do Mundo”, situando a floresta “e outros
enclaves de natureza como centros geopolíticos do mundo humano do planeta”.
Nesta
década a ideia da Amazônia como centro do mundo não virou ideia-força e a
boiada passou confortavelmente. O livro, porém, é mais que um apelo à
preservação – é um manifesto contra o colapso climático. A autora acha pouco
remodelar o capitalismo, afirmando que é “preciso refundar a pessoa humana” a partir
da aliança entre povos com floresta e sem floresta. Como todos sofrem as
consequências, é uma perspectiva ainda aberta.
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Em discussão
A
Comissão de Infraestrutura do Senado, que tem na presidência o senador Marcos
Rogério (PL-RO) convocou audiência do organismo para discutir a questão do saneamento
básico de Rondônia orçado em cerca de R$ 5 bilhões. Na lista de convocados para
o encontro, todo mundo importante neste contexto, mas dois dos principais
interessados na questão, o atual prefeito Porto Velho Leo Mores (Podemos) e o
governador Marcos Rocha foram “escanteados”. Que a Comissão não esqueça de
incluir nossos mandatários na lista, mesmo porque as mágoas da política devem
ser esquecidas.
Desvendando
Buscando
esmiuçar os levantamentos do processo da migração rondoniense, diante dos
números do IBGE, cheguei algumas conclusões. Tivemos migração interna em
Rondônia, com muitas famílias de agricultores deixando o Cone Sul rondoniense, Zona
da Mata, região central, Bacia Leiteira em direção a Nova Mamoré e Ponta do
Abunã. Para fora do estado, em busca de terras os rondonienses avançaram para o
sul do Amazonas –região do Apuí – e Mato Grosso na região de Conilza. E para os
estados do sul do País o fenômeno é mais recente com a massa trabalhadora
buscando melhores empregos e salários em Santa Catarina e no Paraná.
Onda de feminicidios
É
alarmante a onda de feminicidios que varre o País e Rondônia está ponteando o
ranking de casos proporcionalmente as populações dos estados. Diariamente temos
registros desta matança sangrenta das mulheres, com crimes de ódio inexplicáveis,
tamanho número de facadas ou de tiros desferidos nas vítimas. Desde mulheres
mutiladas, com seus cadáveres atirados em rios, mantidos em refrigeradores aos pedaços
ou concretadas. Verdadeiros filmes de terror, até ultrapassando cenas
apavorantes do gênero. Onde vamos parar? E esta situação está bem próxima: Porto
Velho é um dos municípios recordistas desta matança. É coisa de louco!
Um apagão
Com
tantas empreiteiras recrutando mão de obra em Rondônia, para a construção civil
em Manaus, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, Porto Velho já vivencia um
apagão de mão de obra no segmento. Já se tornou um desafio encontrar pedreiros,
carpinteiros, pintores, azulejistas e encanadores até para pequenos reparos nas
residências ou apartamentos. E como a maioria dos bons profissionais migraram
para outros estados em busca de melhores salários são comuns os dissabores com
os remanescentes. O mesmo problema se verifica na contratação de secretarias
domésticas ou diaristas. Estão sumindo do mapa.
No Sul do País
No
sul do País, cujos estados seguem recrutando mão de obra em Rondônia com carros
de altos falantes, o apagão se estende até aos supermercados, panificadoras,
demais estabelecimentos comerciais, cooperativas e frigoríficos. Por conta
disto, cidades como Chapecó (SC), Cascavel (PR) e Joinville (SC) estão também
lotadas de haitianos e venezuelanos. Nos hospitais muitos maqueiros e profissionais
da saúde. Também médicos rondonienses estão migrando para Curitiba (PR),
interior de São Paulo e cidades de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde se
praticam melhores salários.
O poder aquisitivo
O
poder aquisitivo do portovelhense tem caído muito nos últimos anos. A capital é
muito dependente do contracheque do funcionalismo dos governos estadual e
federal, da prefeitura de Porto Velho e demais poderes. Descontando uma elite
do funcionalismo dos três poderes recebendo salários mais elevados, a média
geral no comercio e prestação de serviços é bem mais baixa. Como consequência
temos algumas situações interessantes: o custo dos imóveis em Cacoal, na região
do Café é mais caro do que os da capital, que vive uma bolha imobiliária. E o
custo de vida nos supermercados é mais caro em Vilhena. É coisa de louco!
Via Direta
*** Com a condenação do ex-presidente Jair
Bolsonaro, os partidos conservadores se mobilizam no Congresso Nacional para
uma anistia geral para os envolvidos nos condenáveis atos de vandalismo de 8 de
janeiro *** É o fim da picada, como diriam
nossos antigos bravos pioneiros. Até agora o Dnitt não licitou as obras de
reformas no porto Cai N’Agua em Porto Velho há tempos paralisadas *** Se
conclui que não podemos ficar submissos as diretrizes do Amazonas que prioriza
os portos em seus municípios, deixando a capital rondoniense a ver navios *** Que nossa bancada federal deixe de
cochilar e entre mais firme nesta questão. Chega de submissão a marinha
amazonense.
Léo Moraes já está chamando Mariana Carvalho de maninha!
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