Terça-feira, 30 de setembro de 2025 - 08h50
A
Amoc não é uma dessas tradicionais entidades que discutem comércio ou fazem o
lobby de algum setor da sociedade para pressionar o governo. É a Atlantic
Meridional Overturning Circulation, a circulação invertida do Oceano Atlântico,
que de alguma forma tem a ver com o comércio e com pressões sobre o governo. É
uma regulação natural que aquece a friagem e esfria o calorão das águas
oceânicas. Mas quando ela sofre mudanças em seu ciclo natural a consequência se
reflete no sistema climático na forma de secas, alterações nos padrões de vento
e elevação do nível do mar em algumas regiões.
Há
sinais de que a regulação da Amoc está enfraquecendo, a julgar por pesquisa
publicada na revista Nature Communications por cientistas do Brasil, Alemanha e
Suíça. A causa seria o aquecimento global, aquele que os negacionistas do clima
desprezavam, alegando que ele se autorregulava, sem a necessidade de
providências humanas para enfrentá-lo.
O
resultado do enfraquecimento seria impactar negativamente o clima de diferentes
regiões tropicais, incluindo a Amazônia, que pode enfrentar uma redução
significativa no regime de chuvas. Os negacionistas têm direito à defesa e
podem alegar que anunciar hoje um enfraquecimento da Amoc amanhã é apenas
futurologia. Como os cientistas se baseiam em causas já presentes que sinalizam
essa consequência, é bom prestar atenção ao que dizem.
.........................................................................................
Histórico de rachas
Constatando
que no plano federal o racha da direita já provoca prejuízos, como a anunciada
desistência do principal candidato bolsonarista a presidência da República Tarcísio
de Freitas, governador de São Paulo, me vem a memória os principais rachas
ocorridas em Rondônia que causaram a derrota daqueles que estavam no poder. Na
campanha à reeleição do então governador Valdir Raupp (MDB), a base aliada
governista rachou e Raupp, mesmo sendo considerado favorito naquela peleja,
levou pau do seu opositor José Bianco (PFL). Bianco saiu do quarto lugar nas
pesquisas para ganhar o então Palácio Presidente Vargas.
Racha cassolista
Quem
não lembra do racha cassolista? Expedito Junior era o grande favorito do
segmento, mas o governador Ivo Cassol, cumprindo seu segundo mandato e entrando
na disputa de uma cadeira ao Senado, rejeitava a ideia de ter uma cobra criada,
que assumindo o poder que poderia devorá-lo no futuro. Optou por lançar seu
vice-governador João Cahula que até foi bem nas eleições, derrotou Expedito,
mas no segundo turno levou a pior com o então ex-prefeito de Ariquemes, Confúcio
Moura, que já tinha experiência de dois mandatos na Câmara dos Deputados.
Racha petista
Nas
eleições de 2012, além do racha cassolista, o PT que vivenciava um grande momento
no estado tinha um baita nome para disputa de Rondônia que vivenciava a onda
Lula, com dois deputados federais e uma senadora, deputados estaduais e vereadores
espalhados pelo estado. O grande nome era o então o prefeito Roberto Sobrinho,
eleito e reeleito com grandes votações, uma figura bem digerível para o centro conservador.
Aliás, era um nome suprapartidário já que contava com apoio de outras legendas
e a maioria dos seus votos nem eram dos petistas. O PT rachou, detonou a candidatura
de Roberto Sobrinho e o partido acabou derrotado nas urnas. Nem segundo turno o
partido obteve.
Racha da direita
O
maior racha da direita rondoniense, no entanto, ocorreu nas eleições de 1994. O
poderoso candidato da coalizão Rondônia com Fé, Chiquilito Erse acabou tubulando
gloriosamente perante ao emergente prefeito de Rolim de Moura, Valdir Raupp de
Matos. Naquele pleito as lideranças governistas (o governador da época era
Oswaldo Piana Filho) chegavam a brigar até nos comícios. Ninguém se entendia e
o deputado federal Edson Fidelis e Ernandes Amorim (que seria eleito senador)
protagonizaram várias refregas durante a campanha. Se tinha como certa a vitória
de Chiquilito e os políticos da coalizão já estavam disputando até indicações
do futuro secretariado. O resultado deste racha foi desastroso.
Racha atual
Tudo
isto para falar do atual racha bolsonanista em Rondônia. Seguindo o mesmo
histórico de alguns rachas anteriores no estado, o governador Marcos Rocha (União
Brasil) está em pé de guerra com outras forças antagônicas da direita desde o
início da gestão. O racha é tão grande que os conservadores estão lançando três
candidatos ao Palácio Rio Madeira, sede do governo estadual. Pintam como possíveis
postulantes o vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil), o senador Marcos
Rogério (PL-Ji-Paraná) e o deputado federal Fernando Máximo (em mudança para o
Podemos) além outros balões de ensaio. E
sem contar com o inelegível Cassol, que poderá virar a eleição de cabeça para
baixo. Um divisionismo desta magnitude só favorece a oposição num possível
segundo turno.
Dinheiro na conta
Os
5,5 mil municípios brasileiros receberam nesta terça-feira (30) em suas contas
cerca de R$ 4,6 bilhões, recursos provenientes do Fundo de Participação dos
Municípios-FPM. Em Rondônia não existe nenhum município com bloqueio motivado
por pendências fiscais e a capital Porto Velho, como sempre, fica com a fatia
do leão, já que os recursos são destinados proporcionalmente as suas
respectivas populações nos estados. Os prefeitos rondonienses reclamam que são
quase os mesmos valores liberados no ano passado e aqueles que perderam
habitantes, conforme as estimativas do IBGE, acabam ficando no prejuízo.
Via Direta
*** A Nex Air, empresa peruana de
aviação, estuda um voo Rio Branco, Porto Velho a Cuiabá. As negociações seguem
entre a empresa com o governo acreano *** A empresa também estuda voos de cargas para
Manaus transportando frutas, além de movimentar os aeroportos de Rio Branco e Cruzeiro
do Sul *** Os senadores Plinio Valério (PSDB-AM) e Damares
Alves (Republicanos -DF) cumpriram diligência externa do Senado em audiências
nos municípios de Humaitá e Manicoré no final de semana para investigar as operações
policiais ocorridas nos garimpos do Rio Madeira *** Os parlamentares entendem
que houve exageros nas operações.
Ainda existem brasileiros que resistem a esta migração negra no País
Tempo loucoRezar pela manhã, odiar à tarde e matar à noite é um comportamento desumano, mas há quem considere isso justo e natural, como se viu no a
As facções criminosas se espalharam para todos os rincões de Porto Velho
Mansões em cinzasChamados de catastrofistas e apocalípticos, durante décadas os climatologistas advertiram que as consequências do desmatamento ace
Senado fará diligencia externa nas terras embargadas em Rondônia
Pressão sobre a Justiça “A impunidade é a mãe da reincidência. Na medida em que não se pune, não se apura, isso gera um estímulo indireto para as p
Os políticos rondonienses adoram mamar nas tetas dos recursos públicos em família
Tarefas diplomáticas Ao fim do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados o mais importante não são as penas em si, que nunca serão