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Simero cobra respeito para os profissionais de saúde e pacientes


 
Profissionais de saúde lotados nas unidades públicas sofrem perseguição e têm seus direitos desrespeitados. O Governo do Estado cortou a Gratificação de Avaliação e Desempenho dos médicos, GAD, prejudicando a categoria. Dezenove profissionais lotados no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro tiveram o benefício suspenso. O fato já havia ocorrido no Hospital Regional de Cacoal e repete agora na unidade de saúde de Porto Velho.

Segundo o presidente do Sindicato Médico de Rondônia, Simero, médico Rodrigo Almeida de Souza, quando receberam seus contracheques relativos ao mês de julho, 19 médicos do HB, verificaram que houve um corte em torno de 40% do salário valor relativo à GAD. “Em Cacoal o Simero recorreu à Justiça e conseguiu um mandado de segurança para o médico atingido voltasse a receber o que lhe é de direito, dessa vez foi no HB, cujo corpo clínico-médico é composto por cerca de 400 profissionais dos quais 19 tiveram a gratificação cortada”.

Rodrigo disse que o sindicato vai analisar a questão com maior profundidade nesta terça-feira. Apesar da falta de respeito por parte do Governo do Estado com o médico que se dedica diariamente ao setor de saúde pública, afirma que em nenhum momento o paciente ficará prejudicado no atendimento.

“Temos definidos alguns itens de nossa proposta básica, primeiro a de que haja o retorno imediato e pagamento do atrasado, da GAD retirada dos 19 médicos. Não é justo que isso continue e que tenhamos de ficar na expectativa de quem será o próximo, ou os próximos, que terão cortado esse direito legal”.

Outro aspecto enfatizado pelo líder da categoria é que, em se tratando de uma gratificação de desempenho, deveriam existir regras bem claras para que o médico possa saber por que está recebendo e por qual motivo uma chefia retirou a respectiva concessão, “o que não está acontecendo atualmente quando se fica inteiramente nas mãos de outros, sem regras definidas e com risco da GAD ser usada com pressão”.

De acordo com o Simero, a retirada da GAD pode ser explicada em circunstâncias claras comprovadas que o médico beneficiário não cumpriu com sua obrigação, respeitando o direito de defesa do profissional. Por outro lado a entidade discorda plenamente com o procedimento de interromper a gratificação sem explicar os motivos ao médico que já cumpriu com sua carga horário de trabalho e de produtividade. “As políticas de relacionamento de trabalho na administração pública devem ser claras”, comentou.


“Médicos hoje perdem essa gratificação, pois suspenderam cirurgias, mas temos que deixar claro que essas suspensões ocorrem por falta de materiais e falta de segurança para os pacientes. É inconcebível ser obrigado a realizar cirurgias sem o mínimo de segurança para a vida do paciente caso contrário o profissional perde sua remuneração.”

Para o cirurgião torácico Rodrigo Almeida de Souza, “há deficiências grandes de pessoal e de meios para fazer um atendimento de qualidade no Hospital de Base de Porto Velho. Falta de material cirúrgico e falta de segurança até mesmo para o pacientes são alguns dos problemas enfrentados pelos médicos durantes os plantões. “Tenho a certeza de que o patrono daquele hospital Dr. Ary Pinheiro, cuja histórica como profissional humanitário e de alta qualificação técnica, sentir-se-ia envergonhado de verificar como estamos tendo que trabalhar, e não falo só de médicos, porque faltam também enfermeiros e auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas”.

O Simero, conforme seu presidente, “está aberto ao diálogo, mas repudia todas as ações que vêm sendo aplicadas pelos gestores do sistema estadual por entendermos que nós, profissionais de todas as áreas da saúde, temos uma responsabilidade muito grande e não podemos ficar sujeitos a situações que atentam contra o próprio projeto anunciado pelo então candidato a governador, atual chefe do Poder Executivo. Na ponta da linha o mais sacrificado será aquele que deposita em nossas mãos toda sua esperança, o paciente”.


Fonte: Adão Gomes
 

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