Alunos do Projeto 'Eu Quero', podem optar entre o trabalho formal ou abrir seu próprio negócio

O Projeto Eu Quero, programa de capacitação profissional e inserção ao mercado de trabalho, promovido pela prefeitura de Porto Velho, teve uma noite especial na última sexta-feira, dia 16. Após dois meses de curso, professores e alunos se reuniram no salão da Igreja São Tiago Maior, no bairro JK, para definir quem vai optar por ser encaminhado a um trabalho formal com carteira assinada, ou quem vai preferir abrir seu próprio negócio, optando pelo empreendedorismo.

O encontro contou com a presença da chefe de gabinete da prefeitura, Miriam Saldaña, idealizadora do projeto, do coordenador de políticas públicas para a Juventude, Samuel Pessoa, e do secretário municipal do Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo, Agnaldo Nepomuceno. Durante a conversa com os 299 alunos do Projeto Eu Quero, técnicos da prefeitura aproveitaram para falar sobre a maternidade precoce e prevenção à gravidez.  

Perfil

Mais da metade dos participantes do programa que estão sendo capacitados nos 14 cursos tem menos de 30 anos (203 entre 379 alunos). Metade tem escolaridade abaixo da média e 62% são mulheres. Além da própria Associação São Tiago Maior, as aulas do Eu Quero ocorrem também no Centro Integrado da Criança e Adolescente (Cica), da avenida Rio Madeira.

Uma pesquisa promovida entre os alunos para se identificar o perfil médio dos alunos do Eu Quero descobriu que dos quase 300 participantes, apenas 11 têm curso superior. Ao todo, o grupo tem 280 filhos, quase um por pessoa. 

A distribuição das vagas oferecidas nos cursos deu prioridade a pessoas consideradas em situação de vulnerabilidade social e mulheres em busca de autonomia financeira. “O Eu Quero está mostrando que é possível se integrar qualificação profissional com cidadania e inserção no mercado de trabalho”, apontou Miriam Saldaña.

Emprego garantido

O aluno que optar por ser encaminhado a vagas de trabalho em empresas parceiras do projeto Eu Quero, após a conclusão dos cursos, já deve começar a trabalhar logo após o término das aulas. Grande parte das vagas já está garantida por parcerias estabelecidas com a Prefeitura. Já os que preferirem abrir seu próprio negócio, terão incentivo para isso, através dos programas de microcrédito. “Eles receberão uma verba para aquisição de material básico para começar, conforme as necessidades que a nova profissão exige”, explicou Miriam.

O professor e consultor do Sebrae, Bosco Peixoto, também conversou com os alunos, dando dicas de empreendedorismo e conselhos para quem for trabalhar por conta própria. As empresas parceiras que estão desde já oferecendo vagas aos profissionais formados pelo Eu Quero, vão receber um selo especial de Empresa Cidadã, pela responsabilidade social.

Jacy Paraná

No sábado, o encontro se repetiu em Jacy Paraná, onde também ocorrem aulas do projeto Eu Quero. Os 158 participantes do projeto no distrito também tiveram oportunidade de discutir a opção entre uma vaga garantida no mercado de trabalho, através das parcerias da prefeitura com o comércio local, ou abrir o próprio negócio. Ainda na reunião os alunos apresentaram sugestões para a organização da formatura e tiraram dúvidas sobre as questões do microcrédito. “Da mesma forma que nós oportunizamos este projeto aos participantes da capital, nós estamos beneficiando também estes jovens e adultos de Jacy, seguindo as determinações do prefeito Roberto Sobrinho no tratamento igualitário a toda a população do município de Porto Velho”, finalizou Miriam Saldaña.

Fonte: Róbinson Gambôa
Fotos: Quintela