Quarta-feira, 27 de dezembro de 2017 - 06h27
Por Fernando Brito, editor do Tijolaço
Carlos Marun, ontem, mostrou que veio para ser o Cunha explícito de Michel Temer, declarando, sem nenhum pudor, que o Governo está trocando financiamentos em bancos públicos por votos na reforma da Previdência.
“Veja bem, é uma ação de governo, sendo uma ação de governo, obviamente o nível de apoio que governador puder prestar a favor da reforma vai ser considerado nesta questão”, declarou.
Não se teve notícia de que o Tribunal de Contas ou o Ministério Público tenham considerado que Marun, expressamente, está trocando créditos bancários por votos no Congresso.
Também não se tem informação de que tenha sido revogado o artigo 37 da Constituição: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.
Ou alguém acrescentou aí um “reforma da previdência”?
Afinal, o Estadão publica que Marun ” levantou todos os pedidos de empréstimos na Caixa por Estados, capitais e outras grandes cidades e condicionou a assinatura dos contratos à entrega de votos pelos governadores e prefeitos que exercem influência sobre os deputados”.
Fui procurar as reações furiosas do promotor Julio Marcelo, aquele que defendia a cassação de Dilma Rouseff por operações contábeis do Banco do Brasil para cobrir o financiamento da safra agrícola e o “Minha Casa Minha Vida”.
Não achei.
Então fui à página do pessoal do Kim. Nada.
Na do Bolsonaro, coisa alguma, também.
Também na do procurador Deltan Dallagnol não havia um pio.
Não sei se se disporão a algo como aquela foto sorridente que tiraram ao lado de Eduardo Cunha, há menos de dois anos.
Marun, o neo-Geddel, é explícito demais. Mas os nossos “ex-moralistas”, sobre esta pornografia política, acham que é “arte”.
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