Quinta-feira, 19 de outubro de 2017 - 18h54
Por Fernando Brito, do Tijolaço - Gilmar Mendes não é nenhum tolinho.
Sabe que, ao abrir a boca, fala um ministro do Supremo Tribunal Federal.
E que, portanto, não tem o direito de pronunciar frases estúpidas.
Dizer que trabalha muito, exaustivamente, mas que não considera isso “trabalho escravo” é debochar da inteligência que ninguém lhe nega, conquanto nem todos o mesmo de seu caráter – vide Joaquim Barbosa.
Gilmar serve-se do direito de ser ministro do Supremo – ganhando quase 40 vezes o que um trabalhador humilde ganha – e empresário de seu Instituto de Direito Público.
Gilmar serve-se do direito de viajar mundo afora, em plenos dias úteis, para seus infidáveis seminários.
Gilmar pode chegar depois de iniciadas sessões e sair antes de encerradas, como frequentemente o faz.
Gilmar possui uma legião de auxiliares aos quais pode delegar funções que são suas.
Comparar seu “trabalho exaustivo” – inclusive o de sentar-se meses e meses a fio sobre causas como a do financiamento empresarial de campanhas – ao dos pobres viventes enfurnados em galpões ou barracões onde se encontram os ainda muitos brasileiros – e também imigrantes, como os bolivianos – só merece um nome: cinismo.
O Brasil, porém, tem rebaixado tanto os seus níveis de civilização que, afinal, já baixou ao nível de ter Gilmar Mendes como integrante de sua mais alta corte, agora que ela assumiu que tem, mesmo uma estatura liliputiana.
Gilmar Mendes certamente não é um escravo. Mas porta-se como se fosse senhor destes, que são os brasileiros tratados como se fossem.
Ou, quem sabe, com a nova regulamentação do Ministério da Escravatura, digo, do Trabalho, agora são, mesmo.
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