Quarta-feira, 25 de abril de 2018 - 21h03
Estou estarrecido com algumas reações de coleguinhas acerca da decisão absolutamente técnica, totalmente correta da 2ª. Turma do STF que tirou de Moro o que não é de Moro.
Não fazia nenhum sentido um episódio que ocorreu em Atibaia, no estado de São Paulo ser analisado em Curitiba, no estado do Paraná, a mais de 400 km de distância.
Os ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandovski e Gilmar Mendes colocaram o processo no caminho correto, de acordo com a constituição, o outro é que estava fora da legalidade.
Apesar disso, Merval Pereira do Globo e José Roberto Guzzo da Veja acenaram com nuvens negras. Merval ficou indignado, alegou que abre um "perigoso precedente", que pode ser o começo do fim da Lava Jato, deixando claro, com isso, que seus patrões não vão poupar os três mosqueteiros do STF nas próximas edições de seus jornais impressos e virtuais.
Guzzo, então, foi além. Chamou os gendarmes. Afirmou que os três mosqueteiros, aos quais acrescentou Marco Aurélio Melo "são um convite permanente à intervenção militar – ou golpe, como se queira", copiando palavras do general que ameaçou o STF no julgamento do habeas corpus de Lula. Guzzo atacou os ministros legalistas: "Rasgam as leis. Agem abertamente a serviço de um partido político e de seu chefe. Servem a um projeto de tirania".
É intolerável ouvir de dois jornalistas, membros de uma profissão cujo lema sempre foi e sempre será a busca da verdade deturpações desse jaez acerca de tema tão fundamental para a democracia, que é o respeito à constituição, deliberado no mais alto patamar da Justiça brasileira.
Chamar militares para intervir no STF é um ataque frontal à democracia, que remete aos idos de 1964, quando os civis anti-Jango convidaram os generais e seus tanques para uma aventura que durou 20 anos, na qual brasileiros derramaram sangue, suor e lágrimas e não se cobriram de glórias.
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