Segunda-feira, 29 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Opinião

Sonho cada dia mais distante


Sonho cada dia mais distante - Gente de Opinião

O governador de Rondônia, Marcos Rocha, ainda não disse se disputará a reeleição. Recente pesquisa eleitoral o coloca no final da fila de possíveis competidores, com mirrados cinco por cento das intenções de voto, atrás, inclusive, do eterno candidato do PT. Lembrando que Rocha entrou na disputa de 2018 como azarão. Foi crescendo nas pesquisas, crescendo, e acabou no segundo turno, desbancando um adversário experiente.

Naquela época, Rocha contou com o apoio de um cabo eleitoral forte, que ostentava extraordinários índices de popularidade. Tanto que chegou à presidência da República se fazer muito esforço. Jair Bolsonaro não apenas emplacou a candidatura de Rocha, como também foi decisivo na vitória de vários candidatos a governos estaduais, ao senado e à câmara dos deputados.

Hoje, porém, a realidade é completamente diferente. Quer queira, quer não queira, a popularidade do presidente Jair Bolsonaro vem caindo, significativamente. Atribui-se à perda de credibilidade a maneira como ele se comportou diante da pandemia da covid-19. Some-se a isso o estrago que a CPI da Pandemia vem causando na imagem do governo. Ainda está na memória de muitos rondonienses a promessa de aquisição de um milhão de doses de vacinas contra o coronavirus. A verdade nua e crua é que as vacinas até hoje não chegaram. O fiasco custou caro a imagem do governo Marcos Rocha. O anúncio foi um tiro no pé.

Apesar disso, ainda tem quem acredite que o governador tem cacife eleitoral suficiente para disputar a reeleição em pé de igualdade e, consequentemente, lograr êxito. Fazer o quê? Sonhar é livre. Ocorre que entre o sonho e a realidade normalmente há um fosso abissal, um caminho sinuoso, cheio de obstáculos quase intransponíveis. Ingenuidade, contudo, é achar que o pleito de 2022 será igual ao de 2018. Ledo engano, começando pelos protagonistas, mas parece que muita gente, por ingenuidade ou até mesmo desconhecimento das grandes lições da história, insiste em repetir gestos e atos que nada têm de novos, tampouco contribuem para melhorar os costumes políticos.

Gente de OpiniãoSegunda-feira, 29 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

A voz que não se apaga (1)

A voz que não se apaga (1)

Lisboa, dezembro de 2024. No Parque das Nações, onde a Expo outrora prometeu um mundo sem fronteiras, ergue-se agora um cubo de vidro fumado. Dent

Rocha não está politicamente morto

Rocha não está politicamente morto

Não tenho procuração (nem quero) para defender o governador Marcos Rocha. Acho que já tem muita gente ganhando para fazer isso, mas se você acredita

Mendonça vs. Dino

Mendonça vs. Dino

Está formado o cabo de guerra entre André Mendonça e Flávio Dino, ambos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Mendonça mandou a Polícia Feder

Eterna Natalina Vasconcelos – a mãe que costurava estrelas

Eterna Natalina Vasconcelos – a mãe que costurava estrelas

Dona Natalina casou-se muito cedo, aos 14 anos – costume da época no sertão baiano, onde mocinhas trocavam a infância por lares próprios cheios de s

Gente de Opinião Segunda-feira, 29 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)