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Só suas excelências não veem o caos


Valdemir Caldas - Gente de Opinião
Valdemir Caldas

Os críticos do comportamento dos homens públicos brasileiros estão certos quando dizem que a muitos deles falta, em essência, o espírito público da renúncia, sentimento, diga-se de passagem, cada vez mais em desuso por parte daqueles que estão segurando o timão da nau chamado Brasil. O nosso país vai caminhando para o fundo do poço e, pelo visto, parece que só uma minúscula parcela da sociedade se deu conta disso, enquanto a maioria dos representantes do povo não quer abrir mão de seus privilégios em proveito dos interesses supremos da Nação.

Pode parecer utopia, mas, imagine, por exemplo, se cada um dos que nos representa, nos mais diferentes escalões do poder, dissesse a si próprio: “Não, o que está em jogo, agora, é o destino de milhões e milhões de irmãos. Não se trata, neste momento, de pensar apenas nos meus mesquinhos privilégios, ou na minha permanência na vida pública, mas sim na importância que tem, sob todos os aspectos, a necessidade urgente que o nosso país saia do cipoal de dificuldades no qual está mergulhado, a ponto de ameaça até mesmo a existência de seu povo. A partir de hoje, vou colocar o Brasil acima de mim e procurar fazer o melhor pelo meu país”.

Infelizmente, não é isso o que estamos vendo. Prevalece, acima de tudo, o festival de vaidades, de presunção e de busca de vantagens a qualquer preço, não importa os meios. Na briga pelo melhor lugar na plateia, vale tudo, até mesmo passar por cima de princípios cristãos e éticos. Quando esperávamos que depois da eleição presidencial houvesse um somatório de forças, um ajuntar de mãos para uma tomada de consciência da brutal realidade pela qual nosso país atravessa, o que assistimos é um torneio de vaidosas posturas, cada qual procurando mostrar importância maior que os legítimos interesses da Nação. Enquanto isso, o Brasil vai caminhando para o abismo e só suas excelências não veem o caos. 

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