Sexta-feira, 12 de junho de 2015 - 06h30
Altair Santos (Tatá)
Não bastasse as quase duas sofridas décadas de espera, muitos enredos, várias tramas, eis que da coxia da má vontade surge um novo ator, o Secretário Municipal de Trânsito da capital adentrando a cena como o novo astro a brilhar na história desse vai não vai do nosso (será que é nosso?) Teatro Estadual. De novo não temos teatro! E agora a coisa é pior.
Se antes não o tínhamos porque a obra se arrastou por quase vinte anos, agora é porque, em que pese ele estar lá, de pé, erigido, visível aos olhos, a nada invejável superior ciência dos insensíveis e inquisidores da cultura local diz que ele está ilegal, na contramão da contrapartida, no sentido sonegador da mitigação. Ou o Governo do Estado paga 270 mil reais que segundo o Senhor Carlos Gutemberg são compensatórios em favor do Fundo Municipal de Trânsito ou nada de habite-se e necas de alvará... E aí, mais um sinal fechado pra cultura.
A coisa, embolada, suscita a reflexão sobre o que seja a importância de um teatro técnica e esteticamente para uma cidade e para um estado, diante do poder de mando e da imposição de um funcionário público desses! Resposta: NADA!
Sem dar conta do trânsito da capital pioradamente esfrangalhado a cada dia, aí se nos vem o todo poderoso secretário de trânsito e aciona a placa de stop nas ventas da comunidade cultural, fazendo ecoar direta e negativamente contra o interesse comum uma pendenga que atende pelo nome ou valor de 270 mil reais e, sobre a qual, sequer, ao certo, se sabe da sua valia ou não. Se procedente, que, de ma forma ou outra, regularizem logo, isso não são cifras que façam estagnar interesses importantes e elevados como a cultura, pena que muitos assim não entendem e nem querem.
A existência do Teatro Palácio das Artes Rondônia, a sua funcionalidade, a sua estruturação, devia ser objeto do agudo interesse de parte a parte, em vê-lo útil e servível à cultura de nossa cidade e do nosso Estado.
A mão estendida pelo Governo de Rondônia, acudindo a municipalidade nos seus infindáveis perrengues urbanos na capital, bem poderia se traduzir na minimização dos impactos burocráticos e de pouca vontade, num cordial aceno para a cultura com a habilitação definitiva do Teatro. Como o tema cultura e os inegáveis valores sociais a ela agregados foge da obviedade expressa na curta audição, na quase total falta visão e na estampada insensibilidade tátil de uns tantos donos ou mandões de tudo, haveremos, pelo visto, vez por outra dar de cara com o sinal fechado.
No próximo dia 24, em nossa idade, se apresentará um grupo de bailarinos do Ballet Nacional da Rússia que vem pela primeira vez a América Latina. O evento será numa casa de shows da cidade haja vista o nosso mais específico espaço para este fim, o Teatro Palácio das Artes Rondônia, para muitos ter valia nenhuma. Por favor, vamos liberar o teatro!!!
tatadeportovelho@gmail.com
Obviamente que você sabe a quem estou me referido. Todos sabemos que o estresse é um dos maiores causadores de enfermidades diversas, entre elas alg
O governo Marcos Rocha tornou-se alvo preferencial de críticas as mais variadas. Algumas, justificáveis, pois carregam na sua essência o bem-estar d
A questão da ética na politica
Tenho sustentado neste espaço, até com certa insistência, a importância da ética na política, principalmente quando começam a surgir nomes nos mais
O exemplo do rei Canuto dos Vândalos O exemplo do rei Canuto dos Vândalos
Houve uma época em que ao roubo e ao furto se aplicava a pena de morte. Eram tempos de barbárie, onde a punição, por mais desproporcional e cruel, n