Quarta-feira, 21 de janeiro de 2015 - 10h46
Antônio Queiroz *
Jornalista Sérgio Valente: quase 20 anos de saudades
Mais um ano sem a presença física do colunista social Sérgio Valente. Em 1996 o irriquieto colunista partia para uma Missão Divina. No dia 21 de janeiro a "noiva do Bloco das Piranhas" se cansou do carnaval de Porto Velho e foi dar uma olhada no "outro lado". Há quem diga que ele, como excelente promoter, foi preparar as chegadas de Paulo Queiroz, Chiquilito Erse, Manelão, Odair Cordeiro, Marcos Soares, Esron de Menezes, Jerônimo Santana, Bino Alencar e tantas outras lideranças rondoniense no Grande Oriente.
Sérgio estava acima da média. Como editor-chefe de Sérgio Valente tenho histórias mil para contar. Mas, tenho que contar algumas novidades para o Sérgio. Na quinta-feira, da semana passada, passava pela Avenida Tiradentes - depois de uma visita ao Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia, e vi os portões fechados do prédio do jornal O ESTADÃO. A cena chamou a atenção deste velho índio Tabajara da Tribo Cariri. Para meu desespero interior, um recado postado no portão dizia que o "jornal já era". Não quis acreditar!
Logo eu, assim como tantos outros, que demos uma parcela de nossas vidas pelo crescimento do matutino e me deparava com aquela cena. Voltei para casa com o coração magoado, triste, estraçalhado. Os olhos lacrimejaram. Não queria acreditar no que meus olhos tinham visto. Mas, lembrei-me de Sérgio Valente. O jornal tinha mudado de sede - da rua Duque de Caxias para a Avenida Tiradentes. Foi uma festa. Tecnologia de ponta, profissionais vibrando e os leitores cada vez mais felizes com o noticiário.
Uma certa manhã, chega Sérgio e pergunta se Mário Calixto tinha chegado ao jornal. A cena é presenciada pelo programador visual José Batista de Oliveira Filho, carinhosamente chamado na redação de "Zefa". Aceno afirmativamente. Sérgio diz que vai falar com o empresário e sobe. Não passou 15 minutos e Sérgio retorna para a minha sala, aos prantos. Procurei acalmá-lo e saber o que houve. O colunista, soluçando, diz que foi pedir uma ajuda financeira para comprar uns medicamentos e o dinheiro foi negado.
Imediatamente, Sérgio agradeceu-me por tê-lo levado para escrever sua coluna em O ESTADÃO e se despede dizendo que "enquanto vida tiver não piso meus pés neste prédio e nem escrevo para este jornal". Antes, porém, Sérgio afirma que um dia viria o "império" ruir. Chorando se foi...No dia seguinte o Diário da Amazônia fez uma manchete de capa anunciando a coluna do Sérgio Valente. Não precisa dizer que recebi centenas e centenas de telefonemas de leitores reclamando da ausência da coluna do Sérgio.
Não é preciso dizer que o Diário da Amazônia foi conquistando seus leitores. O que fazer ? Tentei contornar o problema. Não teve jeito. Sérgio faleceu e cumpriu sua palavra. Hoje, tenho certeza que pouquíssimos jornalistas irão lembrar da "passagem" do Sérgio e/ou mesmo homenageá-lo. Mas, quero deixar registrado uma indelicadeza, insatisfação e seja lá o que for para o caso a seguir. Quando da morte de Sérgio Valente houve uma comoção geral. O teatro estadual de Porto Velho estava sendo construido (gestão de Valdir Raupp) e esse paraibano cabra da peste, vendo a possibilidade de homenagear o amigo falecido, troquei ideia com o repórter Lúcio Albuquerque ( ele não gosta de ser chamado de jornalista !) para emprestar o nome de Sérgio Valente ao teatro.
Pois bem. Justificativa pronta, tudo nos trinques e lá vamos em busca de um deputado para apresentar a propositura. Eu e o Lúcio tínhamos combinado que o primeiro parlamentar que aparecesse em nossa frente teria a preferência. Eis que no corredor surge o então deputado estadual Renato Veloso, médico oftalmologista. Mostramos a minuta e o mesmo encarregou de toda tramitação. Resultado: a lei é aprovada. O nome oficial do teatro de Porto Velho é "TEATRO ESTADUAL SÉRGIO VALENTE".
Agora, posso até estar incorrendo em um erro. Não sei se a lei foi revogada e aprovada uma lei com o nome de Palácio das Artes. Nada contra. Só que reclamo de uma lei estadual que não está sendo cumprida. Então, Sérgio, para terminar, vou saber a quanto anda a lei que foi aprovada na Assembleia Legislativa e que leva o teu nome e a razão pela qual foi desobedecida. Afinal, quando uma pessoa não sabe sobre determinado assunto é bom consultar. Inclusive, Sérgio, estou escrevendo um livro e conto essa história tim tim por tim tim. Como você gostava de brindar no Bangalô: tim tim prá você.
Antônio Queiroz é jornalista e professor
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