Domingo, 2 de janeiro de 2022 - 11h00

A partir deste mês vigora o novo salário mínimo para todo o
país. Confirmando as previsões de especialistas, o valor é de R$ 1.221, porém,
segundo estudos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos), para garantir as condições básicas de uma família de dois
adultos e duas crianças, o valor real do salário mínimo deveria ser de R$
5.657. O salário mínimo de 2022 segue a baixo da realidade inflacionária, que
fechou o ano de 2021 na casa dos dois dígitos.
É de pensar que, durantes as campanhas eleitorais para a
presidência da República, Lula e Dilma prometeram, até o final de seus
governos, dobrar o valor do salário mínimo. De duas uma: ou eles não sabiam o
que estavam dizendo, ou, então, se sabiam, usaram o embuste eleitoreiro para
chegar ao poder. Enchem a boca na hora de prometer um salário decente, porém,
na hora de anunciar o valor do novo mínimo, não conseguem esconder a decepção. Alegam
que o aumento acima da inflação oneraria as folhas de pagamento das empresas e
quebraria a previdência social, quando todo mundo sabe que o estado falimentar
da previdência é fruto sazonado da roubalheira desenfreada que campeia neste
país, com a complacência de políticos, autoridades e dirigentes públicos, e não
devido aos míseros salários pagos a aposentados e pensionistas.
Não há dinheiro para pagar um salário justo aos trabalhadores, aos
que carregam o país nas costas, aproximando-os, assim, do topo da base da
pirâmide salarial, reduzindo os efeitos da concentração de renda, que há muito
envergonha qualquer cidadão brasileiro (exceto os tecnocratas da República, que
seguem fieis à cartilha da miséria da fome e da mendicância), mas existe grana
para alimentar a corrupção que se espalha solta no pasto como bestas-feras,
disseminando suas crias nos mais diferentes escalões da República. É comum
dizer que, se o Brasil fosse uma empresa, já teria fechado suas portas.
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