Segunda-feira, 15 de junho de 2015 - 18h53
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Itamar Ferreira
... nos últimos dias este assunto palpitante do aumento ou não da tarifa do transporte coletivo da Capital tomou conta das redes sociais, alimentadas por discursos de vereadores defendendo a inviabilidade do congelamento das passagens de um lado; de outro, a ira santa dos defensores de 'frascos e comprimidos' em alguns setores da imprensa, com alguns ilustres colunistas à frente da celeuma...
... como quase sempre acontece, principalmente em questões complexas e sistêmicas, as respostas mais óbvias são também as mais equivocadas. E neste caso a resposta de que manter congelado o valor é inviável ou o usuário não suporta pagar mais por um serviço caro e de péssima qualidade, estariam ambas equivocadas, na opinião deste aprendiz de escrevinhador...
... embora ambas contenha uma grande dose de verdade, nenhuma é a melhor resposta do ponto de vista da sustentabilidade e do melhor para a população. O congelamento de preços a médio e longo prazo leva ao sucateamento do sistema e pode acarretar no surgimento do transporte clandestino, isso aconteceu há alguns anos na vizinha Rio Branco (http://www.ac24horas.com/2013/01/04/operacao-cumprindo-a-lei-aperta-fiscalizacao-ao-transporte-clandestino-de-passageiros/)...
... onde em junho de 2005 enquanto a passagem em Porto Velho era R$ 1,80, a de Rio Branco R$ 1,60; depois em janeiro de 2011 aqui R$ 2,60 e lá apenas R$ 1,90; em cinco anos e meio o valor subiu muito pouco lá. Resultado: o transporte coletivo foi sucateado e o transporte clandestino, chamados lá de pirangueiros, tomou boa parte do sistema. Atualmente o valor da passagem é de R$ 2,60 aqui e R$ 2,90 no Acre. E os pirangueiros continuam atuando...
... como alguma vezes a sede de justiça aliada à falta de conhecimento pode causar tanto estrago quanto uma ação mal intencionada, fiz uma pesquisa e constatei que de 2012 para cá apenas duas capitais não reajustaram o valor da tarifa, Porto Velho e Palmas, e um terceira, pasmem, reduziu o valor de R$ 2,30 para R$ 2,10, que foi Macapá. Não houve mágica naquelas capitais, houve gestão...
... o caso de Palmas é mais semelhante ao nosso, inclusive pelo tamanho da frota: no ano passado passagem seria aumentada de R$ 2,50 para R$ 2,80, mas a prefeitura conseguiu manter o preço aprovando desonerações de impostos e subsídios de R$ 1,2 milhões que compensaram os R$ 0,30 centavos que aumentariam (http://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2014/07/preco-da-tarifa-de-onibus-e-mantido-com-isencao-de-imposto-e-subsidio.html)...
... em Macapá não foi diferente, houve redução de ISS por parte da prefeitura e isenção do ICMS por parte do Estado (http://www.amazonianarede.com.br/macapa-impasse-na-reducao-do-preco-da-passagem-de-onibus/)....
... conclui-se, por estas mal traçadas linhas, que o congelamento não é sustentável, como prova o reajuste de 25% dado às tarifas de táxi no último dia 06 de maio na Capital (http://globopvh.com/reajustado-em-25-tarifa-de-taxi-em-porto-velho/). Por outro, um aumento com a péssima qualidade atual dos serviços é inviável; portanto, a resposta pode estar em Palmas e Macapá. Uma coisa é certa: a atitude do prefeito de Porto Velho de apenas congelar as tarifas e não buscar alternativas para o equilíbrio econômico-financeiro da concessão é populista e cobrará um alto preço da população.
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