Sábado, 22 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Opinião

Reforma ou pena?


Reforma ou pena? - Gente de Opinião

Representantes dos servidores públicos, nas mais diferentes esferas de poder, precisam voltar suas atenções para o que vem ocorrendo na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara Federal, onde tramita a Reforma Administrativa (PEC 32/20). Entre as mudanças, o Poder Executivo intenciona criar cinco tipos de vínculos empregatícios. Chama a atenção, contudo, a possibilidade de ampliação da terceirização de serviços por meio de ONGs.

Não há dúvida de que a débil estabilidade sofrerá mais um revés, já que apenas os servidores de carreiras típicas seriam preservados. Como quase tudo que acontece neste país, a corda sempre arrebenta do lado mais fraco, no caso específico, as carreiras consideradas por burocratas de plantão como improdutivas, inúteis, descartáveis, passiveis, portanto, de extinção.

Pela proposta, a intenção do governo não é somente eliminar, de uma vez por todas, o estatuto da estabilidade, concluindo, assim, o que começara o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, passando pelas administrações petistas de Lula e Dilma. Vai mais longe, colocando uma pá de cal na licença prêmio, entre outros benefícios, conquistados a duras penas.

Quer, assim, o governo, sufocar as categorias menos aquinhoadas, aquelas que não têm poder de mobilização, tampouco bala na agulha para compor uma ampla conjunção de forças politicas e sociais, tornando-se presas fáceis nas garras de administradores e dirigentes públicos insensíveis, mais preocupados com seus mesquinhos interesses e privilégios de grupos do que com a valorização daqueles que realmente fazem funcionar a máquina burocrática, os mesmo que, nos períodos eleitorais, são bajulados e paparicados. A tornar como válida a infeliz proposta, o governo inverte a ordem das coisas, prestigiando uns poucos, em detrimento da grande maioria. A PEC 32/20 está mais para pena do que para reforma.  

Gente de OpiniãoSábado, 22 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Covardia de quem mesmo?

Covardia de quem mesmo?

Covardia foi ter dito que não era coveiro quando inocentes estavam morrendo de Covid. Covardia foi dizer “e daí?” quando as pessoas estavam morrendo

O “cabidão” de comissionados

O “cabidão” de comissionados

No dia 2 de março de 2018, a juíza Inês Moreira da Costa, da 1ª. Vara da Fazenda Pública, determinou que a Câmara Municipal de Porto Velho exonerass

ZUMBI - Uma farsa celebrada

ZUMBI - Uma farsa celebrada

Torturador, estuprador e escravagista. É assim que muitos registros e análises críticas descrevem Zumbi dos Palmares, apesar da tentativa insistente

A Igreja não pode tornar-se um superpartido

A Igreja não pode tornar-se um superpartido

A missão da Igreja é transumana transcendente e não pode ser reduzida a mais uma voz no debate partidárioA presença pública de responsáveis eclesiás

Gente de Opinião Sábado, 22 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)