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Professor da UFRJ contesta falso contencioso com a Bolívia


Em artigo publicado no jornal "O Globo", o professor  Francisco Carlos Teixeira da Silva (foto), que leciona História Contemporânea na Universidade Federal do Rio de Janeiro, defende a idéia que organizações não governamentais internacionais estão tentando transferir para o âmbito do Direito Internacional a decisão do Brasil construir as hidrelétricas do Rio Madeira, interferindo em uma questão de soberania nacional.

Para Francisco Carlos, "derrotados em impedir as audiências públicas, entidades descompromissadas com a população e com o desenvolvimento do Brasil insistem em impor aqui uma velha e falsa oposição – típicas de países de alto IDH, cujas populações vivem da predação dos recursos naturais o planeta – entre agenda social e agenda ambiental".

Sobre a tentativa de inviabilizar o Projeto Madeira, difundindo que o reservatório de Jirau vai inundar o país vizinho, o professor diz que "não é possível aceitar a mal-intencionada tentativa de fazer do projeto uma espécie de "novo contencioso"da relação bilateral Brasil-Bolívia, uma vez que não há impactos naquele país. Nestas condições, é de esperar que, assim como o Brasil respeitou a decisão soberana da Bolívia quando da nacionalização das suas reservas de hidrocarbonetos, a Bolívia também respeite a soberania brasileira quando do desenvolvimento do Projeto madeira, não cedendo a um jogo de ingerências veladas que tende somente a gerar vulnerabilidade na região".

O professor encerra o artigo alertando os brasileiros. "Não podemos cair na armadilha de abrir mão do bem-estar de milhões de cidadãos brasileiros em nome do consumo incomensurável das elites ricas do planeta. O desafio possível – para o Estado, para os empresários e para o movimento social autônomo – é alinhar a questão social e a questão ambiental no âmbito da agenda do Estado-Nação".

Fonte: Jornal O Globo
Foto: UFRJ

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