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Por que somos tão desiguais?


Valdemir Caldas - Gente de Opinião
Valdemir Caldas

O Brasil possui um dos maiores níveis de concentração de renda. Quem garante isso não sou eu, mas os organismos especializados na avaliação da distribuição da riqueza de determinada região. Isso ocorre quando uma pequena parcela da sociedade acumula a maior parte da riqueza. Nesse quesito, estamos no mesmo patamar de países como África do Sul e Namíbia.

Por que somos tão desiguais na hora de dividir o bolo econômico? Entre as principais causas da concentração de renda destacam-se dinheiro e poder nas mãos de uns poucos, má administração dos negócios públicos, pífios investimentos em programas sociais, baixa remuneração, magras oportunidades de trabalho e corrupção, que gera desconfiança no setor privado por causa dos riscos. Afinal, nenhum empresário quer jogar dinheiro fora.

Matéria postada no jornal eletrônico Tudo Rondônia coloca Rondônia como o estado que “tem a terceira menor concentração de renda do país”, o que não deixa de ser uma notícia alvissareira, porém, se é verdade que temos aqui um dos menores índices de desigualdade econômica, por que o estado não consegue avançar na melhoria dos serviços públicos oferecidos à sociedade? Ou não existe relação entre uma coisa e outra?

Exemplo disso pode ser observado no setor da saúde. É revoltante o drama das pessoas que buscam atendimento no Hospital João Paulo II. As condições são as piores possíveis e imagináveis. Os relatos são de corredores lotados, macas improvisadas, pacientes sendo atendidos de qualquer jeito.  Não menos repulsivo são as dificuldades dos profissionais da saúde para desempenharem suas tarefas. Mas isso não parece incomodar autoridades e representantes do povo nas casas legislativas, que fingem na enxergar o sofrimento da população, que só é vista às vésperas das eleições. Impõe-se, mais uma vez, perguntar: por que somos tão desiguais?

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