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PMDB e as eleições de 2018



Gabriel Bocorny Guidotti
Bacharel em Direito e estudante de Jornalismo
Porto Alegre – RS
 
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O Brasil anda sem comando. Em 2014, o povo elegeu Dilma Rousseff para o segundo mandato na presidência. Entretanto, a petista se mostra omissa. Fala pouco e quando fala liga o automático. Parece estar se escondendo da grave realidade que assola o país, em diversos segmentos, sobretudo o econômico. O custo de vida disparou. Subsistir está saindo muito caro. Quem sente mais é o trabalhador, cujo dinheiro enxugou no enfrentamento aos preços.
 
A fragilidade da presidente é acompanhada de perto pelos companheiros de chapa, o PMDB. Michel Temer e companhia – a ala que permanece mancomunada com o governo – fazem um jogo burocrático, atuando ora como situação ora como oposição. Trata-se de uma circunstância confortável, tendo em vista que Dilma, com os índices de reprovação subindo a velocidades febris, está na vanguarda da gestão. Institutos de pesquisas não medem a popularidade de vice-presidentes. A responsabilidade, portanto, está toda com o PT.
 
Três anos passam rápido. Para Dilma, é salutar que não se repita o ritmo histriônico registrado em 2015. Ela não suportaria a pressão. E o PMDB assumiria o poder em um momento que não deseja – o país pena com a crise. Embora haja discordância, por exemplo, do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a estratégia de Michel Temer é clara: manter uma posição confortável, sem sustos, e lançar candidato próprio em 2018.
 
Nessa semana, Temer afirmou categoricamente que a sigla terá presidenciável próprio nas próximas eleições. Ele nunca havia falado abertamente sobre o assunto. Desconversava, dizia que o tempo era aliado do partido para uma decisão dessa magnitude. Mas a decisão veio. O último candidato foi Orestes Quércia, em 1994. O trabalho de campanha será árduo, especialmente na contenção das denúncias que acometeram as fundações da bancada federal. Cunha deve ser cassado. Renan Calheiros é Renan Calheiros.
 
A instabilidade do sistema político brasileiro é sentida de longe. As tensões aumentam a cada ano. A violência ideológica também. O PT não é mais aquele grupo manso, aprazível e unificado que chegou ao poder em 2002. As desavenças dividiram tanto a base do partido quanto a base do governo. Assim sendo, o PMDB fica à espreita, analisando os destroços do primeiro ano do segundo mandato de Dilma. Nessa guerra de “compadres”, promessa de muitos feridos.

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