Segunda-feira, 10 de dezembro de 2018 - 18h23

O governo federal lançou o Plano Nacional de Enfrentamento à Violência
Doméstica contra a Mulher. As ações vão promover a colaboração entre estados e
municípios com a União, com o intuito de trazer uma punição mais rigorosa
contra ao agressor e uma prevenção eficaz contra a violência.
O crescente aumento de casos de violência contra a mulher em Porto Velho
é preocupante e requer medidas com celeridade para mudar esse triste cenário.
Segundo o Tribunal de Justiça do Estado, atualmente são cinco mil ações em
curso da capital rondoniense, conforme material de imprensa divulgado ontem na
página eletrônica do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Com essa preocupação em garantir agilidade aos processos, foi instalado
ontem, em Porto Velho, o 2º Juízo do Juizado de Violência Doméstica e Familiar
Contra a Mulher, considerada uma inovação pelos magistrados da cidade. Outros
tribunais caminham nesse mesmo objetivo e essa iniciativa precisa contemplar
municípios do interior dos Estados.
De acordo com o Mapa da Violência 2015, são registrados aproximadamente
4,8 assassinatos para cada grupo de 100 mil mulheres, número que coloca o
Brasil no 5º lugar no ranking nesse tipo de crime. Todos sabem que os números
são bem maiores. Infelizmente, ainda existem casos que não entram nos registros
dos computadores das delegacias de polícia.
Sancionada em 2006, a Lei Maria da Penha (11.340) foi um importante
avanço no combate à violência contra a mulher. Especialistas sobre o assunto
entrevistados recentemente pelo Diário, acreditam que através da Lei Maria da
Penha e da constante publicidade em referência a ela, as mulheres passaram a
denunciar mais. As vítimas passaram a perder um pouco mais a inibição em
relatar suas agressões e ainda se desmitificou o fato de muitas delas se
considerarem merecedoras da violência.
O Ministério Público de Rondônia também tem um papel de grande
relevância em mudar esse cenário. Recentemente o Diário produziu uma matéria
com um pai de família que agredia com frequência a esposa. O caso chegou ao
conhecimento dos promotores de Justiça, que entraram com trabalho forte de
educação e conscientização, mudando o destino da família.
O 2º Juízo da Vara Especializada em Violência Doméstica terá aporte de
força de trabalho e ajudará o Poder Judiciário a cumprir a Meta 8, proposta aos
tribunais de justiça estaduais pelo CNJ, que é fortalecer a rede de
enfrentamento à violência doméstica e familiar contra as mulheres até o final
deste ano. A criação dessa vara é um marco histórico no Poder Judiciário e
revela que as mulheres não estão sozinhas nessa luta contra a violência doméstica.
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