Quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015 - 05h30
Por Humberto Pinho da Silva
Povoam as minhas recordações, uma multidão de mortos.
São tantos, que receio já ter esquecido alguns.
Conservo, todavia, sempre presentes, os mais queridos. Os que comigo conviveram e deixaram dolorosas saudades, que temam não se apagarem.
Estava ainda em plena puberdade quando faleceu, de repente, colega de escola. Era o Roca Colomé.
Foi o primeiro e dramático encontro com a morte. O falecimento de jovem da minha idade, marcou-me profundamente, e meditei muito sobre a vida e a morte.
Por ele rezei, e ainda rezo, para que Deus o tenha em bom recato.
Com o avançar da idade fui perdendo, quase todos os anos, familiares e companheiros: tios, primos, amigos, com quem passei os melhores anos da adolescência.
Entre os meus mortos, lembro-me – e com que saudade! - o Manuel Flores. Faleceu de modo cruel. Ainda me culpo de não ter estado presente nos momentos mais difíceis da sua curta vida.
Quando soube do funesto acontecimento, não consegui reter as lágrimas.
Com ele passei horas de grande felicidade. Lembro-me - como se fosse hoje! - das aprazíveis férias que passamos na quinta de seu tio, e dos agradáveis e alegres passeios, a cavalo, que realizamos pelos apertados caminhos da aldeia..
Também não posso olvidar o Manuel Maria Magalhães. Com ele calcorreei velhas e típicas ruas tripeiras e pesquisei, na sua companhia, a genealogia de notáveis famílias da minha cidade.
Nos últimos anos desapareceram amigos e colaboradores do meu blogue ou, nosso, como gosto de dizer, que deixaram imenso vazio. O Aluizio da Mata e Teresa de Mello. Esta, tornou-se intima amiga, com quem troquei interessantes mensagens.
Ao pensar nessa multidão de mortos, não posso deixar de reflectir: a vida, parecendo longa é demasiadamente curta. Tudo passa. Tudo é esquecido. Tudo desaparece.
Recordando com amiga, muito querida, a figura do pai, disse-me: “ Já pouco me lembro dele….”; e senhora idosa, mas ainda muito fresca, confidenciou-me: “ Ando a queimar fotos e cartas para poupar a tarefa aos filhos e netos.”
Estava segura, após seu desaparecimento, as “ recordações” seriam lançadas ao lixo. E concluiu: “ Para eles não passarei de antepassada…”
Tinha razão. Salvo raras excepções, só quem foi notável e deixou nome pelas enciclopédias, é que é considerado avô ou parente.
Já repararam, que os parentes pobres e humildes, são, em regra, parentes afastados?!
Andam, muitos, afadigados para serem famosos e importantes. Para quê? Para quando falecerem aparecerem na página da necrologia, repletos de adjectivos pomposos,
Mas, lançado o periódico à estrumeira, com ele vai a glória; e o corpo, descendo à terra, apodrecerá, reduzindo-se a nada.
Para quê tanta vaidade! Todos: ricos e pobres, ignorantes e letrados, analfabetos e doutores, terão o mesmo fim! …
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