Domingo, 10 de março de 2013 - 12h16
João Baptista Herkenhoff
No Concílio que é convocado para a escolha do Papa, só votam os Cardeais. Nem mesmo os Bispos, por enquanto, têm direito ao voto.
Se como simples leigo não posso votar, posso opinar sobre o Papa que me pareça ser o Papa ideal. Tenho este direito por várias razões. Em primeiro lugar porque sou católico, batizado e crismado, além de militante de organizações eclesiais. Mas ainda que não fosse católico, e não tivesse qualquer militância religiosa, teria este direito porque o Papa é um líder mundial cuja palavra influi na vida e no destino de milhões de pessoas.
Vamos começar abordando um aspecto menos polêmico – a idade para assumir o papado. Subscrevo a opinião de Dom Carlos Azevedo, Bispo português. Penso que o Papa deveria ser jovem. Os encargos são muitos: viagens, presença no mundo, tarefas pesadas demais para idosos. Quando se fala em Papa jovem, entenda-se o que é ser jovem em se tratando de um Papa. João Paulo II, que assumiu o Papado aos 58 anos, e Pio IX que se tornou Papa com 54, são considerados Papas que assumiram a chefia da Igreja Católica em plena juventude.
Na linha do teólogo Leonardo Boff, penso que a escolha deveria recair numa personalidade do Terceiro Mundo – África, Ásia ou América Latina. Que tal um Papa negro?
Vejo como ideal de Papa alguém que olhe o futuro, e não se aprisione ao passado. Um Papa com visão universal e jamais um Papa circunscrito aos muros do Vaticano. Justamente o contrário disso: um Papa que se oponha ao centralismo de Roma.
Um Papa que no Século XXI seja tão Profeta como foi, a seu tempo, Leão XIII com a encíclica Rerum Novarum.
Um Papa doce e humilde como João XXIII.
Um Papa que se abra ao diálogo inter-religioso como Paulo VI, que estendeu as mãos e o coração para descobrir a verdade nos ortodoxos, anglicanos e protestantes, sem a pretensão de monopolizar as chamas do Espírito Santo.
Um Papa de gestos ecumênicos como João Paulo II. Levou duzentos religiosos, de várias confissões, para o abraço de Paz e Justiça em Assis.
Um Papa que seja pastor, pois sua missão é de pastoreio, cuidado, zelo. O Pastor dá a vida por suas ovelhas. (João, capítulo 10, versículo 11).
Um Papa culto e poliglota, pois a missão papal exige esta capacidade de falar línguas e conhecer culturas.
Torço para que seja escolhido um Papa mais aberto ao mundo contemporâneo. Como é possível conceber que até hoje o sacerdócio católico seja privativo de homens? Isto é anacrônico demais.
Como se pode aceitar que até hoje não possam receber a Eucaristia mulheres que tomam pílulas anteconcepcionais?
João Baptista Herkenhoff, Juiz de Direito aposentado e escritor. Tem dado palestras por todo o Brasil. E-mail: jbherkenhoff@uol.com.br Homepage: www.jbherkenhoff.com.br
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