Sexta-feira, 8 de setembro de 2017 - 13h59
As "bombásticas" declarações de Palocci tiveram e têm um imenso potencial midiático, mas, do ponto de vista jurídico, o resultado deverá ser o mesmo da também "bombástica" delação de Delcídio do Amaral do ano passado, ou seja, absolutamente nenhum. Zero.
Recentemente, toda a delação do ex-senador contra Lula e Dilma foi rejeitada pela Justiça por falta de provas.
Inteligente como é, Palocci sabe muito bem que o que a imprensa e o juiz Sergio Moro querem são manchetes. Então, ele soltou essa: "Lula e Emilio Odebrecht fizeram pacto de sangue".
Beleza, nenhum editor de jornal deixaria de dá-la. Para ele, pouco importa se o que Palocci disse é verdade, o fato é que ele disse, está na sua boca, é uma frase tonitruante, está entre aspas e, se for mentira o problema é do Palocci, não do jornal.
Já o raciocínio de um juiz é diferente: como não lhe interessa vender jornal nem impactar seus leitores de alguma forma e sim a verdade dos autos, ele só pode aceitar a existência de um "pacto de sangue" se ela for provada.
E como Palocci vai provar se nem viu a cena, disse que Lula a contou no dia seguinte, sem testemunhas? Fica a palavra dele contra a de Lula.
Odebrecht teria oferecido, disse ele, como sua parte no "pacto", 300 milhões de reais, o que contradiz depoimento anterior do próprio Emilio Odebrecht, no qual garantiu jamais ter tratado de valores com Lula.
O Jornal Nacional mostrou.
Todos os demais relatos de Palocci, tanto a respeito de Lula quanto de Dilma, que estão sendo reproduzidos exaustivamente por todos os meios de comunicação têm esse pequeno problema: ele não tem prova de nada.
Não gravou, não fotografou, não mostrou documentos.
O que ele contou pode ter acontecido? Pode. O que ele contou pode não ter acontecido? Pode.
Quem quiser acreditar no que disse, acredita; quem não quiser, não acredita.
O que Palocci está tentando é fechar um pacto de sangue com Moro.
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