Domingo, 6 de setembro de 2015 - 08h48
Rubens Passos*
Entra em cena mais uma grande mentira. Com o propósito de aumentar os impostos para pagar o rombo nas contas públicas, usa-se a máscara da reforma fiscal para que os brasileiros menos esclarecidos engulam mais impostos sem reclamar. Mesmo que apenas alguns setores da economia sejam inicial e diretamente atingidos, os tributos serão repassados aos produtos e serviços e, no final, todos pagarão mais.
Em 1975, a carga tributária no Brasil era de 23% do PIB, passando a 30% em 1990, 36% em 2004 e caminhando para 40%. Na maior potência econômica, os Estados Unidos, não passava de 24% em 2012. O aumento dos impostos no Brasil resulta de politicas públicas assistencialistas e populistas e do crescimento exagerado dos quadros de pessoal, principalmente cargos em comissão para apaniguados políticos. Assim, a máquina administrativa torna-se, cada vez mais, um parasita do sistema produtivo e a sociedade.
O mais grave é a baixa produtividade do Estado, bem como a péssima qualidade dos serviços públicos e o pífio retorno à sociedade dos tributos pagos ao erário. A responsabilidade primordial de manter a segurança da população não é cumprida. Os índices da criminalidade são cada vez mais assustadores. Somos obrigados a viver quase em jaulas, com muros altos e arame farpado protegendo as casas. É isso ou ficar à mercê do crime organizado. Temos medo ao sair de nossas residências para ir ao trabalho.
A saúde e a educação também são precárias, assim como a infraestrutura de transportes. E mais: no país com a maior reserva hídrica do Planeta, estamos à beira de um colapso no fornecimento de água em São Paulo e outros Estados e temos uma das energias mais caras do mundo, apesar da abundância hidrelétrica. Ou seja, pagamos muito e recebemos pouco do Estado.
Nossa jovem democracia, que completa 30 anos em 2015, considerando a posse, em 1985, do primeiro governo civil após o golpe militar, foi um dos grandes avanços de nossa história, mas ainda não nos proporcionou crescimento econômico sustentado e desenvolvimento. Seguimos premidos por um pensamento assistencialista, que permeia e domina a linha programática e política da maioria dos partidos. A carga tributaria inibe e inibirá mais ainda a economia e o progresso da sociedade. Na grande crise mundial de 2008, os países desenvolvidos aliviaram os impostos e baixaram os juros a zero para estimular a economia.
Com a maxidesvalorização do real e descontrole da inflação, somos obrigados a engolir a politica de terra arrasada atual, e todos os brasileiros pagarão a conta da irresponsabilidade deste governo, menos os parasitas do sistema, pois seus cargos e suas verbas continuam intocados. Como mudar, se continuamos com 25% de jovens que não terminam o Ensino Básico e acabam servindo como massa de manobra a políticos populistas?
Precisamos de governantes com a devida competência para conduzir nosso país à ordem e ao progresso basilares. Só existe futuro onde a segurança, boa educação, disponibilidade de trabalho e incentivo ao empreendedorismo, apoiados na livre iniciativa, são as alavancas de um país melhor e não o assistencialismo que manobra massas e infla o sistema publico (para o deleite de seus parasitas). Que se apresentem os melhores brasileiros para que, nas urnas de 2016, tenhamos esperança de dias melhores.
*Rubens Passos, Economista com MBA na Duke University, administrador, e presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório (ABFIAE) e da Tilibra.
Sábado, 27 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)
Está formado o cabo de guerra entre André Mendonça e Flávio Dino, ambos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Mendonça mandou a Polícia Feder

Eterna Natalina Vasconcelos – a mãe que costurava estrelas
Dona Natalina casou-se muito cedo, aos 14 anos – costume da época no sertão baiano, onde mocinhas trocavam a infância por lares próprios cheios de s

O recente comercial das sandálias Havaianas, protagonizado pela atriz esquerdista da cabeça aos pés, Fernanda Torres, foi uma das notícias de maior

Aposentado não é lixo, mas, no Brasil de hoje, é tratado como se fosse, principalmente por políticos que só se lembram do povo em período eleitoral.
Sábado, 27 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)